Publicado em 14 de novembro de 2025 às 20:40
A Justiça italiana marcou para o dia 27 de novembro a audiência que vai analisar o pedido de extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar está presa em Roma por decisão da Corte de Apelação, que apontou risco de fuga. Zambelli deixou o Brasil pouco depois do Supremo Tribunal Federal (STF) determinar sua prisão no mês de junho deste ano.>
Desde então, Zambelli se tornou alvo de um processo de extradição movido pelo governo brasileiro em cooperação com as autoridades italianas.>
A audiência está prevista para as 13h no horário local, 9h no horário de Brasília. O Ministério Público da Itália já emitiu parecer favorável à extradição. Paralelamente, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados se prepara para avançar na análise da cassação do mandato da parlamentar.>
Em outubro, a CCJ afirmou que pretende concluir ainda em novembro o processo que avalia a cassação de Zambelli. Na época, segundo o presidente do colegiado, deputado Paulo Azi (União Brasil-BA), o prazo para a produção de provas deve seria encerrado na semana seguinte.>
Após essa fase, será aberto o período de cinco sessões do plenário para que o relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), apresente seu parecer. Depois da análise na CCJ, o caso segue para o plenário da Câmara, onde a decisão final será tomada. A cassação exige pelo menos 257 votos.>
Zambelli já foi condenada duas vezes pelo STF. Na primeira ação, recebeu pena de dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, junto ao hacker Walter Delgatti Neto, que afirmou ter sido contratado por ela para inserir documentos falsos no sistema, entre eles, um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.>
Foi após essa condenação que a deputada deixou o País e acabou presa na Itália, numa operação conjunta entre a Polícia Federal e autoridades italianas.>
Na segunda condenação, Zambelli recebeu pena de cinco anos e três meses, em regime inicial semiaberto, pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, com perda do mandato após o trânsito em julgado.>