Lula e Janja entram de mãos dadas com Macron e Brigitte no Palácio do Eliseu, em Paris; assista

Lula disse que iria conversar com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a guerra da Ucrânia, a questão da Faixa de Gaza e o acordo do Mercosul com a União Europeia.

Estadão Conteúdo

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Publicado em 5 de junho de 2025 às 08:57

Lula e Janja entram de mãos dadas com Macron e Brigitte no Palácio do Eliseu, em Paris.
Lula e Janja entram de mãos dadas com Macron e Brigitte no Palácio do Eliseu, em Paris. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, entraram no Palácio do Eliseu por volta das 6h desta quinta-feira (05), pelo horário de Brasília. O casal subiu as escadas da sede do governo francês de mãos dadas com o presidente Emmanuel Macron e a primeira-dama francesa Brigitte Macron. A comitiva de ministros entrou minutos antes. 

Lula disse que iria conversar com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a guerra da Ucrânia, a questão da Faixa de Gaza e o acordo do Mercosul com a União Europeia. As declarações ocorreram em uma entrevista à imprensa no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (03).

Durante a entrevista, Lula pontuou que faz 13 anos que o Brasil não faz uma visita de Estado à França. O presidente afirmou que o último encontro de um chefe do Executivo brasileiro com o presidente da França ocorreu no mandato de Dilma Rousseff.

Na sequência, uma reunião entre empresários brasileiros e franceses ocorre para "vender o bom momento do Brasil" e atrair investimentos e parcerias privadas, e a realização de um debate com empresários sobre a "economia azul", referente à preservação de oceanos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sua presença em Paris para a visita de Estado consolida a reaproximação entre França e Brasil. Também ressaltou o programa de desenvolvimento de submarinos, que, segundo ele, "é maior cooperação feito na Defesa pelos dois países". Ainda afirmou que discutiu com o presidente da França, Emmanuel Macron, a nova compra de aeronaves para a área da Defesa.

Lula defendeu a integração entre os países amazônicos para combater o tráfico e outros crimes na região. Disse que o ministro da Justiça e Segurança Pública brasileiro, Ricardo Lewandowski, "tem todo interesse de combater o garimpo ilegal na Amazônia" e que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, "tem muito a discutir" sobre como atingir a meta do Acordo de Paris.

O presidente brasileiro disse que "a França deveria ter orgulho de dizer que a (sua) maior fronteira com qualquer país do mundo é no território amazônico".

"É importante que o povo francês saiba que a maior fronteira da França com qualquer outro país não se dá na Europa, apesar de ser um país europeu, se dá na América do Sul, no Brasil. A França deveria ter orgulho de dizer que a maior fronteira com qualquer país do mundo é no território amazônico. A França deveria estar para a América do Sul como está para a Europa, porque a França também é sul-americana", declarou.

Além disso, ele citou uma homenagem que recebe na Academia de Letras francesa e o recebimento do título de doutor honoris causa da Universidade de Paris. Também haverá uma visita à Prefeitura de Paris, um encontro com políticos da capital francesa e uma participação da Conferência dos Oceanos em Nice.

Feito isso, Lula disse que retornará ao Brasil para um encontro com países do Caribe para discutir a geopolítica da América Latina e Caribe, em 12 e 13 de junho.