Mauro Cid depõe à PF sobre plano para obter passaporte português; defesa diz que prisão foi revogada

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é investigado por suposta tentativa de fugir do Brasil com apoio do ex-ministro Gilson Machado, que foi preso

Publicado em 13 de junho de 2025 às 14:17

O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de Bolsonaro.
O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de Bolsonaro. Crédito: Gustavo Moreno/STF

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, chegou na manhã desta sexta-feira (13) à sede da Polícia Federal para prestar depoimento sobre uma suposta tentativa de obter cidadania portuguesa e driblar decisões judiciais que o impedem de deixar o país.

Mais cedo, equipes da PF cumpriram mandados contra o militar. Um mandado de prisão chegou a ser expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas segundo a defesa, a ordem foi revogada e não chegou a ser cumprida.

A operação apura se Cid planejava deixar o Brasil usando a cidadania portuguesa, com ajuda do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que foi preso em Recife nesta sexta-feira. Segundo a Polícia Federal, Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal para viabilizar um passaporte português para Mauro Cid.

A advogada de Cid, Vânia Bittencourt, afirmou que ele e a família já têm cidadania portuguesa e que o militar se comprometeu a entregar sua carteira de identidade portuguesa à Justiça. Ainda segundo ela, Cid não tem intenção de solicitar passaporte nem de deixar o país sem autorização.

A PF também identificou arquivos no celular de Mauro Cid que indicam uma tentativa de obter cidadania portuguesa já em janeiro de 2023.

O militar, Jair Bolsonaro e outras 29 pessoas são réus por uma tentativa de golpe de Estado que, segundo a Procuradoria-Geral da República, visava manter o ex-presidente no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Com informações do G1.