'Não funciono sob ameaça', diz Hugo Motta sobre Eduardo Bolsonaro

Presidente da Câmara diz que atuará com imparcialidade sobre pedido de cassação e que deputado será tratado como qualquer outro.

Publicado em 21 de agosto de 2025 às 17:15

Presidente da Câmara diz que atuará com imparcialidade sobre pedido de cassação e que deputado será tratado como qualquer outro. Parlamentar está nos Estados Unidos desde fevereiro.
Presidente da Câmara diz que atuará com imparcialidade sobre pedido de cassação e que deputado será tratado como qualquer outro. Parlamentar está nos Estados Unidos desde fevereiro. Crédito: Reprodução

O presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) disse que as ameaças do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não vão alterar sua maneira de agir. O parlamentar está nos Estados Unidos desde fevereiro.

"Eu não levo muito em consideração essas ameaças, porque, primeiro, não funciono sob ameaça. Então, para mim, isso não altera nem o meu humor, nem a minha maneira de agir", afirmou.

Eduardo já fez ameaças tanto a Motta quanto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Eduardo afirmou que os dois poderiam ser alvos de sanções por parte do governo dos Estados Unidos, se não pautassem projetos de anistia e pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Na última sexta-feira (15), Motta enviou quatro pedidos de cassação do deputado ao Conselho de Ética da Câmara. As queixas estavam travadas na Mesa Diretora há semanas. Foram três denúncias do PT e uma do PSOL por quebra de decoro parlamentar, supostamente por atuar contra o Brasil e a favor de punições por parte do governo de Donald Trump.

Nessa quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou Eduardo e o ex-presidente Jair Bolsonaro por coação a autoridades responsáveis pela ação penal do golpe de Estado.

Em sua conta pessoal na rede social X, o deputado disse que "é lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados".

No mesmo post em que comentou o indiciamento, o deputado federal falou que sua atuação nos Estados Unidos "jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil".

Com informações do G1