‘Não imprimiram plano para barquinho de papel', diz Moraes sobre plano para matar lula

O documento previa o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 13:48

Ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes
Ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes Crédito: Fabio Rodrigues - Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou ironia ao comentar, nesta terça-feira (9), a impressão do Plano Punhal Verde e Amarelo pelo general Mário Fernandes, momentos antes de uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro, em novembro de 2022. O documento previa o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

Segundo a Polícia Federal, o plano foi elaborado por militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como kids pretos, e tinha como objetivo impedir a posse da chapa eleita e manter Bolsonaro no poder.

Durante a leitura de seu voto no julgamento do ex-presidente e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, Moraes ironizou a versão de que o encontro não teria tratado do plano.

“Não é crível, não é razoável achar que Mário Fernandes imprimiu no Palácio do Planalto, foi ao Palácio da Alvorada, onde estava o presidente, ficou uma hora e seis minutos e fez um barquinho de papel com a impressão do Punhal Verde e Amarelo. Isso é ridicularizar a inteligência do tribunal”, afirmou o ministro.

Moraes destacou que os autos do processo trazem provas abundantes de um planejamento detalhado para eliminar autoridades, incluindo avaliação de riscos, efeitos colaterais e armamentos a serem utilizados.

“A unidade de desígnios, a unidade de tarefas, hierarquizada, resta fartamente comprovada nos autos”, completou.

A Primeira Turma do STF retomou nesta terça a análise das condutas do chamado núcleo crucial da trama golpista.

Com informações do G1