Nikolas minimiza declaração de Flávio Bolsonaro sobre possível convite para ministério

Deputado diz que comentário foi “em tom de brincadeira” e reafirma que pretende seguir no Congresso.

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 08:37

Nikolas Ferreira foi ameaçado de morte nas redes sociais -
Nikolas Ferreira foi ameaçado de morte nas redes sociais - Crédito: Karoline Barreto/CMBH

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) descartou qualquer possibilidade de assumir um cargo de ministro em um eventual governo de Flávio Bolsonaro, caso o senador vença a disputa pela Presidência da República. A reação foi dada nesta quarta-feira (10), após vir à tona que o parlamentar e o ex-presidente Jair Bolsonaro teriam sido citados como nomes desejados para compor um futuro ministério.

Segundo Nikolas, a fala surgiu durante uma reunião interna do PL. Ele afirma que Flávio comentou, de maneira informal, que o mineiro ainda não possui idade para disputar cargos como governo do estado ou Senado, mas já teria idade suficiente para chefiar um ministério. “Foi um comentário descontraído, não um convite real”, disse o deputado.

Nikolas reforçou que seu interesse permanece voltado ao mandato na Câmara dos Deputados. “Não cogito ser ministro. Meu foco está no Parlamento, onde ainda tenho muito trabalho pela frente”, completou.

Flávio busca alianças e articula apoio internacional

Enquanto isso, o senador intensifica a estratégia para ampliar sua base política na corrida ao Palácio do Planalto. Além de conversas frequentes com lideranças do próprio PL, Flávio vem mantendo reuniões reservadas com dirigentes de partidos do centro, na tentativa de consolidar uma aliança mais robusta antes do período eleitoral.

O movimento inclui também uma agenda internacional. A partir de janeiro, Flávio deve viajar por América do Sul, Europa e Estados Unidos para apresentar propostas, buscar apoio externo ao seu projeto presidencial e defender pautas como a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a outros investigados pelos atos de 8 de Janeiro.

A primeira parada no exterior deve ser a Argentina, governada pelo aliado Javier Milei, cuja relação próxima com o PL tem sido utilizada como trunfo político da campanha.

Apesar da repercussão sobre possíveis nomes para um futuro ministério, aliados reconhecem que a prioridade de Flávio neste momento é consolidar sua candidatura internamente e assegurar apoio partidário. A fase de composição de equipe, avaliam interlocutores, continua distante e, até agora, restrita a conversas de bastidor.