‘Ninguém é mais perseguido que eu’, diz Bolsonaro após indiciamento da PF

Com a conclusão do inquérito, a PF pediu o indiciamento de 35 pessoas. Entre elas estão o próprio Jair Bolsonaro, seu filho Carlos Bolsonaro.

Publicado em 17 de junho de 2025 às 16:07

Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro Crédito: Antônio Augusto - STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (17), que dúvida que tenha alguém que seja “mais perseguido” do que ele no Brasil. A fala foi após ser indiciado pela Polícia Federal no caso da “Abin Paralela”.

Bolsonaro cumpria agenda em Presidente Prudente no interior de São Paulo, quando falou para apoiadores que participavam da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte).

“Eu duvido que alguém no Brasil foi mais perseguido do que eu. Mas vale a pena. Nós temos que enfrentar os desafios, nós mexemos com o sistema. Um sistema podre, carcomido”, disse.

O ex-presidente participou do evento ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do secretário de Governo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.

A Polícia Federal (PF) finalizou a investigação sobre um esquema ilegal de espionagem que teria sido montado dentro da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o relatório, o esquema monitorava, de forma clandestina, pessoas que eram consideradas “inimigas” do governo na época.

Com a conclusão do inquérito, a PF pediu o indiciamento de 35 pessoas. Entre elas estão o próprio Jair Bolsonaro, seu filho Carlos Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) – que comandava a Abin – e até o atual diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa, por atrapalhar as investigações.