Para Lula, retorno do Salão do Automóvel é retrato de um país competitivo

Presidente participou da abertura do evento retomado com inovações, foco na transição energética e impulsionado por investimentos de R$ 190 bilhões no setor até 2033

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 10:17

(Está é a 31º edição do evento, que estará aberto ao público de 22 a 30 de novembro, no Distrito Anhembi, na zona Norte da cidade.)
(Está é a 31º edição do evento, que estará aberto ao público de 22 a 30 de novembro, no Distrito Anhembi, na zona Norte da cidade.) Crédito: Ricardo Stuckert/PR

Diante de um investimento projetado de R$ 190 bilhões por montadoras e pela cadeia do setor automotivo até 2033, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático ao destacar a importância estratégica do retorno do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que volta a abrir as portas após sete anos. Está é a 31º edição do evento, que estará aberto ao público de 22 a 30 de novembro, no Distrito Anhembi, na zona Norte da cidade.

“A história da indústria automobilística será marcada entre antes e depois desse salão do automóvel. Quem vier aqui vai perceber que o Brasil efetivamente é um país competitivo, de oportunidade, cansado de ser um país em desenvolvimento”, afirmou Lula.

“A gente quer definitivamente ser um país desenvolvido para garantir a vocês, que levantam às 5h manhã, que batem cartão às 7h, e que saem às 17h para cuidar da família de vocês, a possibilidade de receber um salário digno. É por vocês e para vocês que a gente quer que esse país se transforme num país desenvolvido”, prosseguiu Lula, durante evento nesta quinta-feira (20), que marcou a abertura do salão na capital paulista, referindo-se aos trabalhadores da indústria automotiva que acompanharam a cerimônia.

“Tem muitas empresas estrangeiras acreditando no Brasil. Nunca tivemos tanto investimento direto nesse país como agora”, disse Lula, que recordou que o país retomou, a partir de 2023, um avanço que a indústria automobilística já teve há 15 anos, mas que decaiu nos últimos governos. “No fim de meu mandato, em 2010 e no início do mandato da Dilma, em 2011, a indústria automobilística festejava a venda de 3 milhões e 600 mil carros por ano. Quando voltei à Presidência, 15 anos depois, a indústria automobilística só estava vendendo 1 milhão e 600 mil carros por ano, menos da metade do que se vendia em 2010 e 2011”.

Lula enumerou fatores que explicam a retomada do crescimento da indústria automobilística no país e o atual desenvolvimento econômico da nação. “Um país só se desenvolve, só cresce, se houver um grau de confiança entre o conjunto da sociedade. O papel do Estado é oferecer aos cidadãos, aos empresários, uma coisa chamada estabilidade política. Depois, tem que oferecer estabilidade econômica, estabilidade fiscal, estabilidade jurídica e estabilidade social. Quando tudo isso estiver pronto e houver previsibilidade no comportamento do Estado, as pessoas começam a acreditar e as coisas começam a acontecer”.

Transição – Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea, Igor Calvet ressaltou que o retorno do Salão do Automóvel é mais uma prova do ótimo momento econômico do país. “O Salão do Automóvel reflete o mundo e o Brasil como são hoje: múltiplos, cheios de possibilidades e em plena transição. É nesse cenário que a indústria reafirma hoje a sua força. São 1 milhão e 300 mil empregos gerados direta e indiretamente pelo setor. Temos 190 bilhões de reais em investimentos anunciados até 2033, dos quais 140 das fabricantes associadas à Anfávea. Outros 50 bilhões vêm da cadeia de autopeças”, destacou.

20% do Pib – O setor automotivo responde por quase 20% do PIB industrial brasileiro. Com 53 fábricas e presença em nove estados, fabricantes associadas à Anfavea tiveram, juntas, receitas de R$ 360 bilhões em 2024 e R$ 252 bilhões em exportações.

Com informações de Governo do Brasil