Retomada do Congresso é marcada por protestos da oposição e pressão por anistia a Bolsonaro

O retorno dos trabalhos no Congresso Nacional, nesta terça-feira (5), foi marcado por tensão política e protestos da oposição em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar. O tema dominou as discussões no plenário e provocou paralisações nas atividades da Câmara dos Deputados.

Parlamentares ligados ao PL anunciaram obstrução da pauta e chegaram a ocupar o espaço da mesa diretora da Câmara, onde tradicionalmente são conduzidas as sessões legislativas. O gesto foi um ato simbólico para exigir reação institucional contra a prisão de Bolsonaro.

“Nós não sairemos das mesas até que os presidentes da Câmara e do Senado se reúnam para enfrentar o que consideramos um ataque à soberania nacional”, declarou o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).

A movimentação da oposição também teve impacto direto nas atividades legislativas. A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), prevista para as 14h30, acabou sendo cancelada por falta de quórum. Nenhum parlamentar oposicionista registrou presença.

Além da obstrução, os deputados bolsonaristas intensificaram o apelo para que avance no Congresso um projeto que concede anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, incluindo os condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

Enquanto isso, parlamentares governistas procuraram destacar os avanços da gestão do presidente Lula e retrataram a ação do PL como um esforço isolado, sem apoio amplo nas duas Casas Legislativas.

Com informações do G1