'Soberania é intocável', diz Lula ao anunciar ajuda a exportadores prejudicados por tarifaço

Durante evento em Brasília, Lula voltou a criticar a interferência estrangeira em assuntos domésticos.

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 18:48

Durante evento em Brasília, Lula voltou a criticar a interferência estrangeira em assuntos domésticos. 
Durante evento em Brasília, Lula voltou a criticar a interferência estrangeira em assuntos domésticos.  Crédito: José Cruz Agência Brasil 

Durante o evento de assinatura das medidas de apoio aos exportadores impactados pelo aumento das tarifas dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (13) em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a interferência estrangeira em assuntos domésticos e afirmou que a soberania brasileira é intocável.

“A única coisa que nós precisamos exigir é que a soberania nossa é intocável. Ninguém dê palpite nas coisas que nós temos que fazer”, disse Lula. “A gente vai tentar fazer o que estiver ao nosso alcance para minimizar o problema que foi causado conosco”, completou.

Lula disse ainda que vai continuar a tentar negociar com os norte-americanos. “A gente vai continuar teimando em negociação. Porque nós gostamos de negociar. E nós não queremos conflito. Não quero conflito nem com o Uruguai, nem com a Venezuela, quanto mais com os Estados Unidos”.

O presidente ainda destacou a abertura do Brasil a novos mercados. “A verdade é que não é possível imaginar que o governo vai substituir os nossos parceiros comerciais. Vamos ter que procurar outros parceiros. Da minha parte, eu sou vendedor de qualquer coisa”, disse ao comentar sobre uma ligação feita ao presidente da China, Xi Jinping.

“Nós vamos continuar vendendo as coisas do Brasil. Se os Estados Unidos não querem comprar, vamos procurar outro país”, afirmou.

Segundo Lula, cerca de 500 empresários brasileiros irão se reunir na Índia, em janeiro, para debater novos negócios, em especial, no mercado de fármacos.

“Em vez de ficar chorando aqui o que nós perdemos, vamos procurar ganhar em outro lugar. O mundo é grande e está ávido para fazer negociação com o Brasil. Todo mundo sabe que nós somos do bem, que a gente não que brigar com ninguém, que a gente faça concessões. Mas a gente não merecia isso. E o que é grave é que não foi só conosco. Foi com muitos”, concluiu.