União Brasil e PP decidem deixar governo Lula e apoiar anistia a Bolsonaro, diz jornal
Com a saída de União Brasil e PP, a base oficial de Lula na Câmara pode cair para 259 deputados, apenas dois a mais que a maioria mínima
Publicado em 2 de setembro de 2025 às 15:36
A federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, decidiu nesta terça-feira (2) que seus filiados devem deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida atinge os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), que terão prazo até o fim do mês para entregar os cargos.
De acordo com a Folha de São Paulo, a federação também decidiu apoiar o projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no mesmo dia em que começa o julgamento dele no Supremo Tribunal Federal (STF).
Cargos em disputa
Apesar da decisão, nem todas as indicações das duas legendas devem deixar a Esplanada. O União Brasil mantém Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações), ligados ao senador Davi Alcolumbre (AP), aliado do Planalto. Já o PP segue no comando da Caixa Econômica Federal, com Carlos Vieira, indicado por Arthur Lira (PP-AL).
O desembarque ocorre após Lula cobrar lealdade de ministros do centrão em reunião ministerial e afirmar que aqueles desconfortáveis em defender o governo deveriam sair. O presidente também fez críticas diretas a Antonio Rueda (União Brasil) e a Ciro Nogueira (PP), o que aumentou a pressão interna pelo rompimento.
Segundo a Folha, Fufuca e Sabino tentaram reduzir as tensões para permanecer nos cargos, mas a executiva nacional das legendas decidiu pelo afastamento. Ambos são pré-candidatos ao Senado em 2026 e contavam com apoio do governo.
Com a saída de União Brasil e PP, a base oficial de Lula na Câmara pode cair para 259 deputados, apenas dois a mais que a maioria mínima, elevando o risco de instabilidade nas votações do Congresso.
Com informações da Folha de São Paulo
