União Brasil e PP oficializam saída do governo Lula

Com a decisão, todos os filiados deverão deixar os cargos que ocupam até 30 de setembro

Publicado em 2 de setembro de 2025 às 18:04

Com a decisão, todos os filiados deverão deixar os cargos que ocupam até 30 de setembro
Com a decisão, todos os filiados deverão deixar os cargos que ocupam até 30 de setembro Crédito: Reprodução 

A federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP), oficializou nesta terça-feira (2/9) o rompimento com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a decisão, todos os filiados deverão deixar os cargos que ocupam até 30 de setembro, incluindo os ministros do Esporte, André Fufuca (PP), e do Turismo, Celso Sabino (União Brasil).

O anúncio foi feito em coletiva na Câmara pelos presidentes Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP). Segundo Rueda, quem descumprir a determinação será afastado de imediato e poderá sofrer punições disciplinares previstas no estatuto da federação. “Esta decisão representa um gesto de clareza e coerência. É isso que o povo brasileiro espera de seus representantes”, declarou.

O desembarque já era aguardado após críticas de Lula a ministros ligados ao centrão, que, segundo ele, não vinham defendendo o governo. Em reunião ministerial, o presidente chegou a dizer que aqueles que não se sentissem à vontade para apoiar sua gestão deveriam entregar os cargos. Na mesma ocasião, Lula fez críticas diretas a Rueda, afirmando que não gosta dele e que a antipatia seria recíproca.

Apesar da saída, devem permanecer no governo Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), ambos ligados ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Além do rompimento, a federação deve se alinhar ao PL, de Valdemar Costa Neto, em pautas estratégicas no Congresso, incluindo propostas de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.