Publicado em 15 de julho de 2025 às 12:36
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a divulgação do relatório que questionava a segurança das urnas eletrônicas, em 2022, ocorreu contra sua vontade e foi resultado de pressões internas de parlamentares da legenda.>
A declaração foi feita na segunda-feira (15) durante o depoimento de Valdemar como testemunha de defesa do engenheiro Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), responsável pela auditoria contratada pelo PL naquele ano.>
Segundo Valdemar, deputados pressionaram para que o partido tornasse público o conteúdo do relatório com alegadas “vulnerabilidades” nas urnas, embora ele próprio fosse contrário à divulgação. “Divulgamos por pressão. Não queria divulgar”, disse. Ele não revelou os nomes dos parlamentares que teriam feito tal exigência.>
Carlos Rocha é réu no STF no âmbito do chamado núcleo 4, que investiga a atuação de grupos acusados de disseminar desinformação com o objetivo de desacreditar o processo eleitoral e pressionar as Forças Armadas a aderirem a um plano golpista. Valdemar foi chamado a depor para esclarecer os detalhes do contrato entre o partido e o IVL.>
Durante o depoimento, o dirigente do PL confirmou que a auditoria foi paga com recursos próprios do partido e destinada a fiscalizar todas as etapas do processo eleitoral — da votação à totalização dos votos. Ele também comentou sobre o impacto negativo da divulgação:>
“Levamos uma multa de R$ 23 milhões por causa desse questionamento. Um prejuízo enorme para o partido”, afirmou, em referência à penalidade aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).>
Multa>
Em novembro de 2022, o TSE condenou o Partido Liberal a pagar uma multa de R$ 22.991.544,60 por litigância de má-fé, ao apresentar um relatório com supostas falhas nas urnas sem comprovações técnicas robustas. A corte entendeu que o documento buscava alimentar desconfiança sobre o sistema eleitoral.>
Com informações do Metrópoles >