Publicado em 16 de maio de 2025 às 08:26
O deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil-RJ) apresentou um projeto de lei para criar um programa de saúde mental para pessoas que se consideram mães e pais de “bebês reborn”. Os bonecos hiper-realistas se tornaram febre entre adultos e o parlamentar quer que essas pessoas tenham atendimento para não criar dependência afetiva ou quadros depressivos.
>
O deputado propôs um programa em parceria com organizações não governamentais, universidades e instituições de ensino públicas e privadas, órgãos governamentais e demais setores da sociedade civil, a fim de oferecer atendimento de saúde mental com foco na prevenção do adoecimento, depressão e até suicídio.>
"Fato é que os “bebês reborn” podem ser uma ferramenta terapêutica valiosa. Eles podem servir como objeto de conforto e apoio emocional para pacientes que estão passando por situações difíceis, como luto, trauma ou estresse, mas não podem ser um objeto que faça a pessoa fugir da realidade ou ainda criar uma dependência afetiva do objeto, o que pode ser indício de necessidade de atendimento psicológico", diz a justificativa do projeto.>
Já em seu discurso na quarta-feira (14), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Amorim chegou a mencionar um “transtorno mental” que “deve ser tratado e encarado pelo poder público” ao citar as notícias sobre “pais e mães” de bebês reborn.>
"O que pode parecer uma piada, uma brincadeira, é uma realidade na nossa sociedade hoje e nada mais é do que o mais absoluto transtorno mental e que deve ser enfrentado por parte do poder público com a implementação, através de um projeto de lei que eu apresentei nessa casa. Que possamos ter a implementação de um programa de saúde mental para cuidar daqueles que acreditam que o bebê reborn é, apesar de ser um objeto inanimado, alguém com vida e que merece o carinho e o afeto do indivíduo", declarou.>
E continuou:>
"Isso é a mais absoluta deturpação do seio familiar, do indivíduo, da mente humana, que precisa ser enfrentado por essa casa como algo sério, como um transtorno mental e, sobretudo, como um caso de saúde pública".>