A Amazônia é neste momento é o foco do Planeta, para a qual todos os olhos estão voltados, onde estratégias globais estão sendo traçadas em debates visando à transição energética, com a substituição dos combustíveis fósseis por fontes limpas, além do aumento do financiamento internacional para combater as mudanças climáticas que todos afetam, colocando em risco a vida no Planeta.

A Amazônia, no entanto, é muito maior, pois só quem nela vive conhece a fundo seus percalços e exige, acima de tudo, ser cuidado, sentir a presença do Estado em toda a sua amplitude, no acolhimento de suas necessidades. Talvez seja este o ponto crucial por trás das demonstrações e protestos ao longo desta semana.

Não basta financiamento climático, são necessárias ações concretas que cheguem onde o povo amazônico está, por meio de projetos que valorizem todas as comunidades aqui residentes, já cansadas.

Não basta debater, discutir, mas ações urgentes – de ordem prática – se fazem necessárias. Este é o recado que a Amazônia simbolicamente está mandando para o mundo, pois o tempo está se exaurindo.

O secretário executivo da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, participou do Diálogo Ministerial de Alto Nível sobre financiamento climático, realizado na manhã deste sábado (15), na Blue Zone. Ele lembrou que desde o Acordo de Paris, percorreu-se um longo caminho, salientou que a cooperação climática está funcionando, que os fluxos públicos e privados de financiamento climático estão crescendo, e que bilhões de dólares sendo investidos em energia limpa, resiliência e transições justas em todo o mundo.

Porém, advertiu, que “a verdade é que ainda não avançamos o suficiente nesse caminho – o financiamento climático ainda não é suficiente, nem confiável o bastante, e não é compartilhado de forma ampla ou justa o suficiente. Sabemos a dimensão do desafio: os impactos climáticos estão aumentando – mas a lacuna no financiamento da adaptação continua muito grande. E arrematou: “[...] o financiamento climático não é caridade – é economia inteligente.

O governador Helder Barbalho participou, nesta semana, do painel “Unlocking Finance and Procurement for a Nature-Positive Food System Transition”, na Blue Zone. Ele mandou uma mensagem direta aos mercados internacionais à cadeia da carne bovina, ao afirmar que a rastreabilidade individual do rebanho, que é uma pauta estratégica do Estado, só avançará se for devidamente reconhecida e valorizada economicamente.

“Ou nós convencemos os mercados de que boas práticas precisam ter reconhecimento objetivo, capitalista, mercadológico. Ou não vamos conseguir imputar ao produtor que arque sozinho com custos adicionais para rastrear cada animal. Se o mercado não valorizar esse movimento, ele não vai compreender que vale a pena”, afirmou.

No estande da Assembleia Legislativa do Estado será apresentada uma programação cultural da sua rádio e TV, com a presença de Albery Albuquerque e Thiago Albuquerque, na próxima sexta-feira (21), a partir das 16h. Vale lembrar que a Alepa aprovou projeto de lei que reconhece como patrimônio cultural de natureza imaterial do Pará as obras musicais do artista Albery Albuquerque.

Na ocasião, haverá a pré-estreia do documentário “Siga o Ouro – Terra Yanomami” e roda de conversa após a apresentação do filme com a jornalista Verônica Goyzueta.

Delegados estrangeiros que estão hospedados em hotéis do Distrito de Mosqueiro, participando da Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, e tinham reuniões agendadas para a tarde deste sábado (15) foram pegos de surpresa com a falta de ônibus para o local do evento, da linha 14-COP/Mosqueiro. Muitos chegaram a esperar até duas horas, mas nada. Quem não conseguiu outra condução teve que desistir do compromisso.

A Alubar está com as portas da Casa Rosada abertas para o público. O imóvel histórico fica localizado na rua Siqueira Mendes, no bairro da Cidade Velha, para uma programação especial durante a COP30. O Espaço Conexões: Inovação e Sustentabilidade, funciona como ponto de convergência entre a comunidade local, visitantes da conferência e as iniciativas da empresa em torno da sustentabilidade, integridade energética e valorização cultural amazônica.

A Green Zone da COP-30, instalada no Parque da Cidade, é o espaço que conecta sociedade civil, instituições públicas e privadas e líderes globais aos diálogos, inovações e iniciativas de sustentabilidade. Aberto ao público, o ambiente tem como objetivo aproximar a agenda climática do cotidiano das pessoas e ampliar a participação social nos debates sobre o futuro do planeta.

Para garantir a melhor experiência e a segurança de todos, foram estabelecidas diretrizes de funcionamento e acesso. A Green Zone funciona diariamente, com abertura dos portões às 9h e encerramento às 19h. A entrada é feita exclusivamente pelo portão principal da avenida Senador Lemos (portão 8), enquanto a saída ocorre pelo portão lateral da mesma avenida (portão 9).

Durante todo o período de realização da COP-30, no período de 5 a 21 de novembro, a Justiça Federal está em regime de teletrabalho extraordinário nas varas federais, nas duas Turmas Recursais e no setor administrativo, em Belém.

Nos dias 6 e 7, quando foi realizada a Cúpula de Líderes, evento preparatório à COP-30, não houve expediente apenas na capital.

A Federação das Indústrias do Estado do Pará e a Jornada COP+, movimento liderado pela Federação, participa com destaque no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), montado na Blue Zone, palco oficial das negociações da COP-30. Nesta semana, foi feita a abertura oficial do espaço, com um painel de debates sobre energias renováveis na Amazônia, com a presença do presidente da CNI, Ricardo Alban.

A Marinha do Brasil abriu espaço para visitação pública aos seus dois maiores meios empregados nas ações de segurança durante a COP-30. Os navios estarão abertos à visitação neste domingo (16), no Porto de Belém (PA).

O Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico” atracou em Belém no final de setembro, trazendo do Rio de Janeiro mais de 400 toneladas de equipamentos, 83 viaturas e cerca de 1.100 militares das três Forças Armadas para as ações de segurança durante a COP30.

Já o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira” atracou em Belém no dia 25 de outubro. Trata-se de um laboratório móvel que leva a ciência para o mar, coletando dados da atmosfera e da superfície da água do mar, também reforçando as ações de defesa portuária durante a COP-30.

O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Júlio Akamine, deu ordem taxativa à Diretoria da Festa de Nazaré e à Guarde de Nazaré: não quer mais ninguém tocando na imagem original de Nossa Senhora de Nazaré com as mãos desprotegidas de luvas, que passam agora a ser obrigatórias, sem exceção.

Aliás, essa recomendação já existe há muito tempo. O suor deteriora a imagem de madeira, que tem mais de dois séculos. A recomendação – agora ordem – há muito não vinha sendo cumprida.

Importante lembrar que a imagem original da Santa, aquela que fica no Glória e desce durante a festividade, só saiu da Basílica-Santuário uma vez: em 1980, para o Papa João Paulo II abençoar Belém de uma das janelas do Arcebispado, ao lado da Igreja de Santo Alexandre.

O Encontro Internacional de Parlamentares e da Sociedade Civil pela Justiça Climática reuniu cerca de 300 parlamentares de várias partes do Brasil e do mundo, organizado na sexta-feira (14), no auditório Benedito Nunes, da UFPA.

Grupos de indígenas do Baixo Tapajós, de quilombolas do Baixo Acará e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outros, apresentaram reivindicações, com destaque ao repúdio à exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Uma carta com a síntese das discussões será entregue ao presidente da COP 30, André Corrêa do Lago.

O evento foi organizado pela deputada estadual Lívia Duarte - única representante da Amazônia no grupo - e pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

“A exploração de recursos naturais invariavelmente produz riqueza e, em certa medida, viabiliza o surgimento de postos de trabalho. Assim, ainda que promovido em ritmo predatório, o uso desses recursos é capaz de gerar resultados talvez até vultosos, porém, certamente de curto prazo e sujeitos a externalidades negativas de efeitos duradouros”, observou o magistrado, mostrando que a curva do crescimento da renda e do emprego, quando ocorre o uso predatório dos recursos naturais, sobe vertiginosamente, na medida inversa do esgotamento dos recursos naturais”. Nesse cenário, concluiu Moutinho, “a governança estatal chega tardiamente. Ao fim do breve ciclo de crescimento econômico, o que resta é um esgotamento relativo dos recursos naturais”.

A embarcação visa suprir um grande obstáculo, que é o acesso da população ribeirinha aos serviços de saúde, garantindo acesso à atenção primária em regiões isoladas, onde a distância dificulta o atendimento.

A estrutura possibilita a realização de teleconsultas, exames e atendimentos presenciais por uma equipe multidisciplinar aos trabalhadores.

O documento elenca ações concretas para ajudar os países a prepararem seus sistemas de saúde e responderem aos impactos na saúde proporcionado pelas mudanças climáticas, especialmente as comunidades mais vulneráveis.

“A saúde é a razão mais convincente para ações climáticas, mas por muito tempo, a saúde tem sido uma ‘nota de rodapé’ nas negociações climáticas”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.

"O Plano de Ação de Belém para a Saúde muda isso, apresentando ações concretas que os países podem tomar para construir comunidades mais saudáveis e resilientes em um mundo em aquecimento", completou.

Na Green Zone, Edmilson Rodrigues falou com exclusividade ao Portal Roma News. Ele disse que o mais importante é que talvez nós tenhamos, em Belém, a mais participativa de todas as COP’s realizadas. “Nós temos milhares de pessoas do mundo inteiro debatendo uma pauta estratégica e isso tem uma influência. Os movimentos sociais saem fortalecidos. A fala do Lula já expressa essa pressão popular, porque o Ibama acaba de autorizar a exploração do petróleo, mas a fala do Lula dizendo que temos que lutar por uma transição energética e reduzir o uso de combustíveis fósseis mostra uma contradição, mas demonstra que a voz da sociedade está sendo ouvida e que, portanto, quando a gente aumenta a mobilização, a gente tem condições de barrar projetos que são prejudiciais à Amazônia e ao clima do Planeta”, disse.

O ex-prefeito também comentou sobre a ausência dos Estados Unidos na COP-30, por isso não acredita que a solução para o clima do Planeta saia de Belém. “Eu sempre considero positivo ver pessoas reunidas para debater o futuro, ainda que eu não tenha a visão romântica de que daqui vai sair a revolução climática. Não vai, porque os países que mais produzem CO2 se negam a discutir. Eles querem manter a destruição do Planeta, porque o lucro é uma lógica imediatista. A ausência dos Estados Unidos tem uma repercussão até negativa”, avaliou.

O ex-prefeito Edmilson Rodrigues também encontrou-se com a ex-deputada estadual Aracely Lemos, pré-candidata ao governo do Estado pelo Psol.

Segurando cartazes, eles pediam ações para reduzir o NDC (sigla para Contribuição Nacionalmente Determinada) em inglês, termo do Acordo de Paris que representa os compromissos de cada país para reduzir emissões de gases de efeito estufa.

Eles defendem a elevação dos NDCs porque as metas atuais de redução de emissões dos países não são suficientes, segundo eles, para limitar o aquecimento global a 1,5°C. Ultrapassar este limite, afirmam, provocaria ondas de calor, secas e escassez de alimentos e água, ou seja, como afirmam, “uma sentença de morte”.

Para Helder, a presença dos Estados subnacionais é importante, “pois estamos falando de um Estado que, ao longo dos anos, sempre esteve na vanguarda na questão da sustentabilidade, além de ser um Estado potente”. Portanto, concluiu o governador, “tenho certeza que a conexão do Estado da Califórnia com o Pará pode impulsionar este olhar de biotecnologia que nós queremos implementar no nosso Estado”.

A Casa promete ser um respiro cultural intenso, com exposições de artistas consagrados como Éder Oliveira, Erica Saraiva, Luiz Braga e Walda Marques, além de obras de mestres do miriti e carpinteiros tradicionais. A programação inclui ainda performances, rodas de conversa e um encontro diário, das 16h às 20h, para debates e palestras que conectam arte, ancestralidade e questões socioambientais.

Paralelamente à abertura oficial do evento, com a presença do presidente Luíz Inácio Lula da Silva, houve reuniões previamente marcadas no plenário Tocantins e em algums salas de reunião. A programação incluiu reuniões do setor de agricultura, de países africanos e da China.

Estavam prontos os pavilhões da China, Índia, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Portugal, Brasil e Singapura, além do Pavilhão da Mobilidade Climática.

As lanchonetes e cafés, com mesas espalhadas pelo saguão, também estavam lotadas de estrangeiros provando as iguarias paraenses.

E completa: “Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio, espalham o medo, atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”.