Publicado em 14 de novembro de 2025 às 14:07
A ativista equatoriana Helena Gualinga, uma das vozes mais influentes da juventude indígena na defesa da Amazônia, participou nesta sexta-feira (14) das atividades da COP30, em Belém, e fez um alerta sobre os impactos da mineração, legal e ilegal, nos territórios tradicionais da região.>
Gualinga, que é defensora dos direitos humanos e do meio ambiente, afirmou que a extração mineral continua sendo um dos principais fatores de ameaça à floresta e aos povos indígenas no Equador e em toda a Pan-Amazônia. Segundo ela, tanto o garimpo ilegal quanto a mineração autorizada pelo Estado prejudicam comunidades que lutam para preservar seus territórios.>
“Falamos sobre a mineração na Amazônia, especialmente no Equador. Nós temos um problema muito grande com a mineração, tanto com os garimpeiros que fazem mineração ilegal quanto com a mineração legalizada”, disse. “Estive conversando com mulheres indígenas que estão defendendo seus territórios. É muito importante isso que está acontecendo aqui na Amazônia porque aqui temos muitos indígenas que podem falar sobre as situações que vivem no território.”>
Para Helena, a presença indígena na COP30 reforça a urgência de incluir as comunidades tradicionais nas decisões globais sobre clima. “Ouvir essas vozes é essencial. Elas mostram para o mundo o que realmente está acontecendo”, destacou.>
A ativista também comentou sua relação com o Brasil. Embora participe com frequência de eventos internacionais, ela afirma que já esteve algumas vezes em território brasileiro. “Não é a minha primeira vez na Amazônia do Brasil. Fui para o Xingu há alguns anos visitar o cacique Raoni. Também vim para Belém em julho deste ano. Eu amo Belém, é uma cidade muito legal”, contou.>
Helena Gualinga integra uma nova geração de lideranças amazônidas que vêm pressionando governos e empresas em defesa de políticas climáticas mais ambiciosas e de proteção efetiva às populações indígenas. >