Publicado em 18 de setembro de 2025 às 11:07
Às vésperas da COP30, a Bacia do Rio Xingu volta ao centro das atenções com o lançamento de um novo edital voltado para iniciativas de restauração ecológica. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu inscrições para apoiar até seis projetos que ajudem a recuperar áreas degradadas da região. O recurso disponível chega a R$ 6,3 milhões, valor remanescente do primeiro edital lançado em 2023.>
A ideia é que o dinheiro seja aplicado em ações dentro de Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais de pequenos imóveis rurais, assentamentos de reforma agrária e territórios indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais. O foco, além da recuperação ambiental, é garantir o protagonismo de quem vive e depende diretamente do território.>
Podem participar do processo instituições sem fins lucrativos, como associações, cooperativas e fundações, desde que tenham pelo menos dois anos de existência formal. As propostas devem ser enviadas até 7 de novembro, pelo site do Funbio, parceiro gestor da iniciativa.>
Esse novo edital faz parte do Floresta Viva, programa que reúne diferentes parceiros — entre eles a Norte Energia, Energisa e Fundo Vale. A Norte Energia, responsável pela usina de Belo Monte, reforça que a participação é também uma forma de compensar os impactos e investir no futuro da região.>
No primeiro edital, quatro projetos já receberam apoio, com foco em atividades que unem preservação e geração de renda. Entre eles estão o fortalecimento da produção de cacau orgânico, iniciativas de restauração socioprodutiva e ações de valorização de sementes nativas da região.>
Agora, a expectativa é que novas propostas tragam soluções criativas e viáveis para recuperar a floresta e fortalecer economias locais. Pelo regulamento, metade do valor de cada projeto deve obrigatoriamente ser destinado diretamente às atividades de restauração ecológica.>
Com a COP30 se aproximando, o edital surge como um lembrete de que o Xingu continua sendo uma das áreas-chave para pensar o futuro da Amazônia e o equilíbrio climático do planeta.>