Publicado em 23 de setembro de 2025 às 10:38
Você já parou para pensar em algum processo produtivo que não envolva o aço? A provocação foi feita por Ian Corrêa, vice-presidente de Operações da SINOBRAS, durante o Workshop SINOBRAS- Descarbonização na Indústria do Aço, realizado em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e com o selo da Jornada COP+. O encontro debateu os desafios, oportunidades e soluções para a redução das emissões de carbono na siderurgia.>
Reunindo lideranças empresariais, representantes de órgãos públicos e especialistas em inovação e sustentabilidade, o evento destacou o papel do Brasil na transição para uma indústria mais verde e competitiva no cenário internacional. A abertura contou com a presença de Ian Corrêa, vice-presidente de Operações do Grupo Aço Cearense, holding da Sinobras; Rodolpho Zahluth Bastos, secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará; e Adriano Lucheta, diretor do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais (ISI-TM) e líder do Comitê de Transformação Digital e Inovação da Jornada COP+.>
Em palestra sobre os desafios e perspectivas da descarbonização na indústria do aço, Ian Corrêa ressaltou o papel estratégico do Brasil no setor siderúrgico e o potencial de crescimento do país em uma agenda alinhada às metas globais de neutralidade de carbono.>
“Nosso compromisso é desenvolver a nossa região e o nosso país. Ficamos muito felizes de estar aqui para tratar desse tema novo que começa a ganhar força: a descarbonização da indústria do aço”, pontuou. Trazendo exemplos e dados, o evento também evidenciou como o aço está presente em diferentes soluções sustentáveis e inovadoras.>
Adriano Lucheta reforçou que a agenda de descarbonização não se limita ao aço, mas se estende a cadeias como alumínio e cimento, essenciais para o Brasil cumprir suas metas climáticas até 2050.>
“Além dos benefícios ambientais, há também vantagens econômicas. Uma indústria mais verde torna-se mais competitiva. Com o ajuste de carbono fronteiriço que começará a vigorar na União Europeia, teremos um incentivo adicional para tornar o nosso aço mais sustentável e com maior valor agregado”, afirmou o diretor do Instituto Senai de Inovação.>
O workshop mostrou que o caminho para uma siderurgia mais sustentável passa pelo fortalecimento da inovação, pelo uso de recursos renováveis e pela colaboração entre diferentes setores da sociedade. Rodolpho Zahluth Bastos ressaltou a importância dessa construção coletiva.>
“As soluções para a crise climática não são apenas responsabilidade do Estado. É uma construção coletiva, em que as empresas desempenham papel fundamental. O debate sobre a cadeia do aço precisa considerar, por exemplo, alternativas para a mitigação da geração de energia no processo produtivo, sempre de forma dialogada e integrada”, destacou o secretário.>
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A Jornada COP+ é um movimento pela transição brasileira realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Instituto Amazônia+21. Correalizado pela Hydro, tem patrocínio super master da Vale e da Albras, e premium, da Guamá Tratamento de Resíduos, da SINOBRAS e da Bayer. A iniciativa foi idealizada pela Temple Comunicação, e tem o apoio da Ação Pró-Amazônia, Consórcio Interestadual Amazônia Legal, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), SESI e SENAI.>