Publicado em 22 de setembro de 2025 às 10:14
Na próxima terça-feira (23), às 12h, durante a Climate Week — Semana do Clima em Nova Iorque — a Presidência da COP30 irá lançar o Celeiro de Soluções (Granary of Solutions). Construído a partir de mais de 300 iniciativas e coalizões lançadas desde a COP21, o Celeiro será um repositório dinâmico de soluções concretas e estudos de caso, projetado para acelerar o progresso para as pessoas, o clima e a economia global.>
A Agenda de Ação, um dos pilares mais importantes da Convenção do Clima, enfatiza a necessidade de integrar a perspectiva de gênero em todas as soluções para garantir uma transição para um novo modelo de desenvolvimento justo e inclusivo. Conforme destacado na Quinta Carta da Presidência da COP30, mulheres e outros grupos historicamente vulnerabilizados — como povos indígenas, comunidades tradicionais e populações em situação de pobreza — não são apenas vítimas da mudança do clima, mas também protagonistas de soluções.>
Essa visão já se traduz em iniciativas concretas. Um exemplo é a colaboração da Presidência da COP30 com o Ministério das Mulheres na criação do Protocolo de Atendimento às Mulheres em Emergências Climáticas e Desastres, parte do Plano de Aceleração de Solução (PAS). Essa contribuição garante que a perspectiva de gênero esteja presente em todas as fases da gestão de crises climáticas, desde a prevenção até a resposta e a reconstrução. O Protocolo prevê medidas para prevenir a violência de gênero, criar espaços seguros, promover a inserção econômica de mulheres e redistribuir o trabalho de cuidado. A iniciativa faz parte do Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima, lançado em setembro de 2025.>
Além disso, a presença de organizações femininas nos Grupos de Ativação da Agenda de Ação tem crescido, com iniciativas como Gender and Energy Compact (energia), WiSER e Women-led Coal Transitions (transição justa), Women for Forests (florestas), WIEGO (trabalhadoras informais), We-Fi (empreendedorismo feminino), WLRI (direitos fundiários) e a Gender and Environment Data Alliance (governança e integridade da informação). Esses esforços ampliam a liderança feminina e reforçam o papel das mulheres como agentes centrais de transformação.>
Parte dessas soluções já é visivelmente liderada por coletivos e organizações de gênero, mas reconhecemos que ainda há muito a avançar. É essencial criar mais oportunidades e incentivos para que mulheres estejam à frente da Agenda de Ação e para que suas propostas e soluções ganhem visibilidade global. Este também é um chamado para que organizações de todos os setores contribuam com o Plano de Aceleração de Solução (PAS), especialmente com iniciativas que integram a mitigação da crise climática e o enfrentamento de violências de gênero.>