Crianças e adolescentes discutem sobre a COP30 em Belém.

Programação busca incluir os mais jovens nos assuntos envolvendo as mudanças climáticas.

Publicado em 20 de setembro de 2025 às 14:26

Programação reuniu crianças e adolescentes para falar da COP30
Programação reuniu crianças e adolescentes para falar da COP30 Crédito: Divulgação

Crianças e adolescentes discutiram questões ligadas às mudanças do clima por meio da oficina “Papo de Primeira: Balanço Ético Global” (BEG), que foi realizada em Belém na última sexta-feira (19).

O programa BEG é um diálogo que ocorre em nove países e busca inserir a justiça intergeracional para um debate climático. A oficina realizada na capital paraense foi comandada pela Superintendência da Primeira Infância, diversas secretarias municipais, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA), com a organização internacional Plant for the Planet.

O evento, sediado em Belém, teve uma diferença: a programação teve como um dos pontos principais a acessibilidade, assim garantindo que crianças e adolescentes com deficiência fossem escutadas. O objetivo é colocar na pauta da COP30 questões ligadas aos grupos mais vulneráveis.

Programação quer levar a voz das crianças da Amazônia durante a COP
Programação quer levar a voz das crianças da Amazônia durante a COP Crédito: Divulgação

"A crise climática é uma questão de direitos humanos, e a vulnerabilidade das crianças com deficiência é amplificada. Por isso, a escuta ativa e a acessibilidade não são apenas um diferencial, mas sim o cerne da Justiça Climática. As crianças não são apenas vítimas; elas são, e devem ser vistas como, poderosos agentes de mudança," destacou a Dra. Flávia Marçal, superintendente da Primeira Infância de Belém e conselheira da OAB.

A Dra. Ivana Melo, presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB-PA, afirma que as crianças e adolescentes são as principais vítimas das mudanças do clima.

"As crianças e os jovens são as maiores vítimas da crise climática e, por isso, a escuta de suas vozes é um imperativo ético. A Justiça Climática começa com a escuta daqueles que herdarão o planeta."

A questão de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade foi levantada pela Dra. Vanessa Dias, presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência (PCD) da OAB Pará. Para ela, as crianças com deficiência estão em situação de risco ainda maior.

"É crucial entender que a crise climática afeta a todos, mas a pessoa com deficiência está em uma situação de vulnerabilidade ainda maior."

Todos os assuntos levantados durante o encontro serão levados até a Presidência da COP30, por meio de um documento. O grande objetivo é fazer com que a voz das crianças da Amazônia seja ouvida durante o evento.