Publicado em 30 de maio de 2025 às 10:31
Com a chegada da COP30 a Belém, em 2025, a Amazônia vai se destacar não apenas nos debates sobre o clima, mas também nos sabores. A biodiversidade da floresta será protagonista em menus criativos que combinam tradição, sustentabilidade e inovação.>
Chefs, empreendedores e marcas da região se mobilizam para transformar ingredientes nativos, como tucumã, pupunha, puxuri, flor de jambu e até a vitória-régia, em experiências gastronômicas inesquecíveis. A iniciativa faz parte de uma articulação que une bioeconomia, turismo e cultura, com apoio da ASSOBIO – Associação dos Negócios de Sócio-bioeconomia da Amazônia.>
Para Joana Martins, da Manioca e diretora da ASSOBIO, a gastronomia é uma poderosa ponte entre o visitante e a floresta. “Estamos incentivando restaurantes, bares e hotéis a ousarem, usando os sabores da Amazônia para criar experiências únicas durante a COP”, afirma.>
Entre os ingredientes que devem se destacar está o puxuri, uma semente aromática com sabor semelhante à noz-moscada, porém mais marcante. Já a vitória-régia, conhecida por sua imponência visual, tem surpreendido ao ganhar espaço também na culinária: pode ser usada em saladas, canapés, risotos, harmonizações com peixes e até drinques, como explica Valéria Mourão, fundadora da Deveras Amazônia.>
Outro destaque é a flor de jambu, famosa pela leve dormência que provoca na boca. Segundo Tatiana Sinimbu, da marca Jambu Sinimbu, o ingrediente é símbolo do potencial amazônico. “Nossos sabores são únicos. A gastronomia conecta visitantes com a floresta, com os povos e com a cultura local. Precisamos valorizar isso”, destaca.>
A expectativa é que a COP30 impulsione a valorização desses produtos no Brasil e no exterior, com feiras gastronômicas>