Publicado em 20 de agosto de 2025 às 19:30
Durante participação na 26ª Conferência Anual Santander, na cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (20), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse que o sucesso da COP30 , que será realizada em Belém no mês de novembro, significará também o "sucesso do meio ambiente".>
Ao lado dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Hélder aproveitou a oportunidade para convocar todos a participarem da cúpula do clima no Pará, e declarou que este será o momento do Brasil assumir liderança na discussão climática mundial.>
"Todos os brasileiros que amam esse país, a Amazônia e seus irmãos paraenses devem estar junto da gente, porque o sucesso da COP em Belém será o sucesso do meio ambiente, sim, mas será também a grande oportunidade para que o Brasil possa liderar a agenda da sustentabilidade a partir de boas práticas", disse o governador.>
Ele relembrou a tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que deixaram 184 mortos em 2024, e defendeu que a COP não deve ser palco de embates entre esquerda e direita.>
"A agenda ambiental é transversal. O impacto sofrido no estado do Rio Grande do Sul [em 2024] é uma demonstração de que as mudanças climáticas batem à porta de todos e quando atingem uma família, uma produção, uma indústria, não quer saber se essa indústria ou família é de direita ou de esquerda. O impacto climático não escolhe campo político. O simbolismo de realizar a conferência na Amazônia é extraordinário, porque é aqui que o mundo precisa dialogar para construir um amanhã sustentável”, afirmou.>
Ainda durante sua fala, Helder cobrou que os países desenvolvidos para que também financiem a preservação da Floresta Amazônica, possibilitando o desenvolvimento social da região.>
“Nosso país precisa se apropriar dessa oportunidade, para que não venham os países do Norte Global apontar o dedo ao Brasil e dizer: ‘vocês não podem se desenvolver porque têm a missão de ser apenas um santuário para o planeta’. Nós temos um agro produtivo, potente e sustentável. Podemos seguir avançando na agenda de renovação energética, mas eles também precisam pagar por serviços ambientais, para preservar a floresta. Não é possível que eles queiram a Amazônia intocada sem pagar um centavo, transferindo ao povo brasileiro o sacrifício social que representa não produzir”, disse.>
“Eles olham para a copa das árvores e não lembram que abaixo dela vivem 29 milhões de brasileiros que precisam ter acesso à educação, saúde e saneamento. O Brasil quer continuar protagonista no agro e nas energias limpas. Nós queremos preservar a Amazônia e os demais biomas, mas os países desenvolvidos precisam financiar esse esforço para que haja justiça climática conjugada com justiça social.”>