Governador Helder Barbalho defende monetização da floresta como alternativa à exploração predatória

Durante Cúpula do Clima, realizada em Belém nesta sexta-feira (07), o governador do Pará, Helder Barbalho, reforçou um dos principais compromissos do estado na preparação para a COP30: valorizar a floresta viva como ativo econômico e ambiental. O evento, que reuniu autoridades, especialistas e representantes internacionais, serviu como prévia da conferência global do clima que ocorrerá na próxima semana na capital paraense.

Em entrevista para a equipe do Roma News, Helder defendeu a criação de uma nova economia baseada na floresta, sustentada por mecanismos de pagamento por serviços ambientais e incentivos à geração de empregos verdes. Para ele, o desafio central é garantir que preservar a floresta seja mais lucrativo do que destruí-la.

“Se nós conseguirmos fazer com que a floresta viva valha mais do que a floresta morta, e nós só faremos isso através da monetização e da criação de empregos verdes, estaremos garantindo a redução do desmatamento e o combate às ilegalidades ambientais”, afirmou o governador.

Helder destacou ainda que essa mudança de lógica econômica é essencial para que a Amazônia deixe de ser vista como um espaço de exploração e passe a representar uma oportunidade de desenvolvimento sustentável. O governador defendeu que o financiamento climático internacional deve priorizar regiões que, como o Pará, têm papel estratégico na contenção das emissões globais e na preservação da biodiversidade.

A Cúpula do Clima em Belém reuniu painéis sobre bioeconomia, transição energética e políticas de preservação ambiental, consolidando o Pará como protagonista nas discussões sobre o futuro da Amazônia. O evento também funcionou como vitrine para apresentar ações estaduais que visam reduzir o desmatamento e incentivar cadeias produtivas sustentáveis, temas que devem ser retomados com força total na COP30, na próxima semana.