Mutirão no Parque da Tijuca fortalece ações de reflorestamento na COP30

A ação demonstra na prática a política ambiental brasileira voltada à regeneração, unindo autoridades e sociedade civil no reflorestamento da primeira área protegida do país.

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 09:48

Mutirão reúne autoridades do governo e sociedade civil, no Parque Nacional da Tijuca.
Mutirão reúne autoridades do governo e sociedade civil, no Parque Nacional da Tijuca. Crédito: Juan Ribeiro / SOS Mata Atlântica

Um evento simbólico e prático marcou as atividades de reflorestamento do mutirão "Dá Pé – A COP30 é aqui", realizado no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. A ação, que integra oficialmente a agenda de preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), reuniu governo e sociedade civil em um grande plantio de mudas nativas da Mata Atlântica.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, participou da ação, idealizada pelo cineasta Estêvão Ciavatta. Em seu discurso, reforçou “o compromisso do governo federal com o desmatamento zero até 2030 em todos os biomas”. Segundo a ministra, a meta vai além de simplesmente cessar o desmatamento: envolve promover o uso inteligente dos recursos naturais por meio da bioeconomia, preservar áreas que devem permanecer intactas e regenerar as que já foram degradadas — como simboliza a iniciativa realizada no parque.

O idealizador da iniciativa e fundador da Pindorama Filmes, Estêvão Ciavatta, destacou a importância do mutirão, afirmando que ”é uma oportunidade para que todos participem ativamente da COP30 de Belém”. Segundo ele, enfrentar os desafios climáticos exige união e colaboração entre os povos — um princípio que reforça a ideia de que o trabalho coletivo é essencial para construir soluções duradouras.

Esse espírito de mutirão foi vivido na prática, durante o plantio de aproximadamente 600 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, como ipê-amarelo e pau-brasil. A ação contou com a presença de diversas autoridades, incluindo Tatiana Roque, secretária municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro e Viviane Lasmar, diretora do Parque Nacional da Tijuca. As mudas foram doadas pela prefeitura do Rio de Janeiro e pelo Jardim Botânico.

Patrimônio ambiental

Palco da iniciativa, o Parque Nacional da Tijuca é um patrimônio ambiental, o qual a missão de conservação começou ainda no século XIX, durante o Império Brasileiro, como a primeira área de sua categoria a ser protegida no país. Hoje, o parque abriga a maior floresta urbana replantada do mundo e mantém vivo esse legado pioneiro por meio de seu Programa de Voluntariado, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A ação foi promovida pela Pindorama Filmes, primeira produtora audiovisual do mundo a operar com carbono zero em todas as suas atividades, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e com o Programa de Voluntariado do Parque.