O Brasil e a Amazônia vão abrigar o maior diálogo sobre mudanças climáticas do mundo

Pela primeira vez as questões ambientais serão discutidas na maior floresta tropical do planeta

Publicado em 1 de outubro de 2025 às 12:20

Belém do Pará - 
Belém do Pará -  Crédito: Divulgação

Preparar Belém para ser o coração da Amazônia durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima tem sido uma tarefa desafiadora, vencida dia após dia com trabalho intenso, articulação constante e compromisso coletivo.

Desde que a cidade foi anunciada como sede da Conferência das Partes já foram investidos mais de R$ 4,7 bilhões em ações estruturantes pelo Governo do Brasil na capital paraense.

(COP 30 - )
(COP 30 - ) Crédito: Divulgação

De extrema importância para o equilíbrio climático global, pela primeira vez as questões ambientais serão discutidas na maior floresta tropical do planeta. Considerado o bioma mais extenso do Brasil e, também, do mundo; somente no país a Floresta Amazônica se estende por cerca de 49,5% do território nacional, abrigando a maior diversidade biológica do planeta.

Com a estimativa de 50 mil pessoas em Belém do Pará nas duas semanas de COP30 (10 a 21 de novembro); gente de todo o mundo terá a oportunidade de conhecer de perto, e pela primeira vez, a cidade e a vida das populações amazônidas.

Ver-o-Peso, Belém do Pará - 
Ver-o-Peso, Belém do Pará -  Crédito: Divulgação

Cara da Amazônia - Belém será o lugar histórico onde o Brasil vai reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre sustentabilidade e clima. Uma cidade transformada no presente, mas que também para o futuro, com as obras estruturantes do Governo Federal que ficam para a população. Cartão postal de Belém, o Complexo Ver-o-Peso, com 25 mil metros quadrados, é a maior feira livre a céu aberto da América Latina, e 96% concluído. Emblemático, os locais que fazem parte do complexo trazem um recorte da cultura ribeirinha em pleno centro urbano.

“Ficou muito bom (Mercado de Peixe) e temos recebido mais turistas. A gente já tá sentindo que já tá tendo um fluxo de cliente maior que a gente espera que se mantenha”, disse James Dean Vieira, vendedor de camarão na área. O projeto de recuperação contempla a revitalização de espaços tradicionais que compõem o complexo, como a Feira Principal, os mercados de Peixe e Carne, Pedra do Peixe, Feira do Açaí, Ladeira do Castelo e a Via dos Mercadores. A reforma inclui, também, uma rede completa para coleta e tratamento de esgoto na área.

Mobilidade urbana - Aproximadamente 300 vias vão receber pavimentação asfáltica. Ao todo, são quase 90 quilômetros de vias recuperadas, distribuídas por 32 bairros e distritos da capital paraense, o que vai dar aos moradores da região metropolitana qualidade de vida que vai atravessar gerações. "Acredito que tudo isso representa uma chance real de crescimento pro nosso estado. A COP30 trouxe e está trazendo um olhar diferente para nossa região, valorizando quem somos, nossa cultura e a importância da Amazônia.", afirma Silvio de Oliveira, morador de Belém.

Macrodrenagem do Tucunduba - 
Macrodrenagem do Tucunduba -  Crédito: Divulgação

As obras de macrodrenagem e saneamento básico em Belém vão beneficiar mais de 500 mil pessoas, o que é mais de um terço da população da capital paraense (1,4 milhão de habitantes). Os projetos envolvem 13 canais estratégicos distribuídos por quatro bacias hidrográficas: Una, Tucunduba, Murutucu e Tamandaré. Desse total, 11 canais estão localizados em áreas periféricas.

A Nova Tamandaré está com 97% das obras concluídas e contou com um investimento de R$ 162,8 milhões. Depois de pronto servirá como espaço de convivência. Já a Nova Doca atingiu 99% de execução, com R$ 373,7 milhões alocados que serão transformados em áreas como playgrounds, ciclovias e academias ao ar livre.

Legado - Atualmente Belém será contemplada com mais de 40 intervenções nos eixos de infraestrutura urbana, mobilidade, hospitalidade, saneamento básico, drenagem, requalificação de estruturas existentes e implantação de sistemas tecnológicos em parcerias com as esferas estadual e municipal paraense. Obras que vão mudar a relação entre as pessoas e o meio ambiente. E que servirão para os diálogos da COP30 por um mundo sustentável.

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