Participantes da COP30 celebram encontro global 'no coração da Amazônia'

Representantes de diferentes países destacam a importância simbólica e ambiental de realizar a conferência climática em Belém.

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 12:15

Participantes da COP30 celebram encontro global 'no coração da Amazônia'
Participantes da COP30 celebram encontro global 'no coração da Amazônia' Crédito: Reprodução/Roma News

A realização da COP30 em Belém está proporcionando mais do que debates sobre clima, está oferecendo uma experiência imersiva na Amazônia. Pela primeira vez, o maior evento mundial sobre meio ambiente ocorre no coração da maior Floresta Tropical do Mundo, reunindo lideranças indígenas, pesquisadores, ativistas e representantes de diversas nações para discutir o futuro do planeta diretamente de onde a natureza fala mais alto.

Entre os visitantes, o sentimento é de encantamento e pertencimento. Para Rui Winti Suya, observador do Mato Grosso, estar na Amazônia é vivenciar um território de abundância e sabedoria. “É uma honra olhar essa grandeza. Aqui há fartura, cultura e vida. É fundamental preservar tudo isso e manter a Amazônia em pé”, destacou.

Do Equador, o indígena Hernán Eloy, do povo Kichwa de Sarayaku, expressou o orgulho de representar sua comunidade na conferência. Ele afirma que viajou para Belém com a missão de compartilhar propostas de conservação e modos de vida sustentáveis. “Viemos de longe para apresentar nossas formas de proteger a natureza. É um momento histórico”, disse.

A pluralidade de vozes também inclui representantes de países fora da América do Sul. A participante Natalie Tan, de Singapura, contou que se sente “em casa” por ver semelhanças entre a floresta amazônica e as matas tropicais de seu país. “Participar da COP30 aqui é uma experiência única. Há uma conexão natural entre nossas florestas”, afirmou.

Já a paraense Angela Amanakwa destacou a relevância de dar protagonismo aos povos da Amazônia em debates globais. Para ela, reunir o mundo em Belém é uma oportunidade para o conhecimento tradicional ganhar espaço e respeito. “Não há política climática possível sem os povos que vivem e cuidam da floresta. É uma honra mostrar isso ao mundo”, ressaltou.

O participante Benjamín Murguía, do México, descreveu sua visita à Amazônia como a realização de um sonho. “Sempre estudei sobre a floresta em livros, mas agora posso ver e sentir de perto. É uma experiência transformadora”, relatou.

Entre diferentes idiomas, sotaques e origens, unindo todos os participantes, é a percepção de que a COP30 em Belém vai muito além de discussões técnicas. É um encontro que simboliza o elo entre a humanidade e o pulmão verde do planeta, um lembrete vivo de que proteger a Amazônia é proteger o futuro de todos.