Publicado em 4 de novembro de 2025 às 17:48
Um dos lugares mais secos e quentes do planeta, o Deserto do Saara, na África, pode ter a paisagem modificada drasticamente nas próximas décadas. É o que sugere pesquisa desenvolvida na Universidade de Illinois em Chicago (UIC), que conclui que, na segunda metade do século 21, o aumento das temperaturas globais poderá ocasionar muito mais chuva na região.>
Atualmente o bioma recebe cerca de 7,6 centímetros de chuva por ano e, de acordo com o estudo, poderá receber até 75% mais precipitação do que a média histórica.>
O estudo foi publicado na revista npj Climate and Atmospheric Science, indica que mudanças semelhantes também podem acontecer no sudeste e centro-sul da África em cenários climáticos extremos.>
Para fazer a pesquisa, o cientista usou um conjunto de 40 modelos climáticos para simular a chuva de verão na África durante a segunda metade do século 21, de 2050 a 2099 e comparou os resultados com dados do período histórico de 1965-2014. Dois cenários climáticos foram examinados: um assumindo emissões moderadas de gases de efeito estufa e outro assumindo emissões muito altas.>
Nos dois a previsão era de aumento da chuva na maior parte da África até o final do século, embora as mudanças variassem por região, mostrando que no Saara o aumento seria o maior, enquanto o sudeste da África poderia registrar cerca de 25% a mais de chuvas e o centro-sul da África, cerca de 17%. Já o sudoeste deverá se tornar mais seco, com uma redução da precipitação em torno de 5%.>