Publicado em 22 de setembro de 2025 às 16:39
Durante a abertura da Semana do Clima de Nova York, a COP30, que será realizada em novembro em Belém, foi destacada como um momento crucial para avançar na implementação dos acordos climáticos já firmados. O evento, iniciado em 21 de setembro e paralelo à 80ª Assembleia Geral da ONU, busca também apresentar estratégias para alcançar US$ 1,3 trilhão em financiamento climático.>
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, explicou que a presidência brasileira quer aplicar o conceito de “mutirão”, em que todos contribuem dentro de suas capacidades para cumprir os compromissos. Ele ressaltou o simbolismo da Amazônia como palco da conferência, destacando que soluções para a região abrangem tanto a população urbana quanto as comunidades da floresta, com ideias apresentadas por universidades locais.>
Para o secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, a COP30 será uma oportunidade de revisitar os últimos dez anos de avanços desde o Acordo de Paris e detalhar o roteiro de Baku-Belém, que traça caminhos para alcançar o financiamento climático de US$ 1,3 trilhão para países em desenvolvimento. Ele destacou que cada COP não precisa resolver tudo, mas sim avançar continuamente nas metas globais.>
Stiell afirmou que, na COP anterior, o debate sobre financiamento avançou de forma insuficiente, passando de US$ 100 bilhões para US$ 300 bilhões. Agora, em Belém, a meta é mobilizar o mundo para implementar completamente os componentes do Acordo de Paris, usando ferramentas, tecnologias e estratégias definidas para o progresso climático global.>
André Corrêa do Lago acrescentou que a implementação depende de todos os setores da sociedade. “Não podemos esperar apenas pelos governos. Empresas, academia, tecnologia e sociedade civil têm papéis fundamentais para garantir que os resultados das negociações sejam efetivamente aplicados”, destacou, reforçando a necessidade de acelerar a execução dos compromissos.>
O secretário-executivo Stiell também enfatizou os avanços das NDCs nos dez anos do Acordo de Paris. Apesar de críticas sobre a lentidão do processo, ele destacou que houve progresso na redução do aquecimento global projetado. Os 195 países signatários têm até o final de setembro para enviar novas NDCs, e a UNFCCC avaliará em outubro a ambição dessas contribuições, focando na implementação e não apenas nas promessas.>