Publicado em 13 de novembro de 2025 às 20:30
No encerramento das reuniões desta quinta-feira (13), líderes da COP30 conversaram com a imprensa e reforçaram a importância da edição brasileira da conferência para a transição de um ciclo de negociações para outro, agora voltado à implementação dos compromissos climáticos.>
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, foi questionado sobre o caráter mais amplo das discussões desta conferência. De acordo com ele, ao contrário das edições anteriores, frequentemente marcadas por um único tema dominante, a COP30 se destaca pela multiplicidade de pautas em debate.>
Segundo Corrêa do Lago, essa mudança é positiva e reflete o momento atual da governança climática:>
“É a primeira COP em que saímos das negociações para as implementações”, afirmou, indicando que o foco agora é transformar compromissos assinados em ações concretas.>
Durante o encontro, também foi abordado o andamento dos NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), metas climáticas assumidas pelos países no âmbito do Acordo de Paris. Corrêa do Lago destacou avanços significativos e mencionou que a Itália já cumpriu todas as metas previstas em seu NDC, servindo como exemplo de implementação efetiva.>
A imprensa também questionou o presidente da COP30 sobre a manifestação realizada na terça-feira e sobre a carta divulgada pela UNFCCC, que tratava de preocupações relacionadas à segurança e ao funcionamento do espaço da conferência.>
Corrêa do Lago apresentou uma resposta conciliadora e afirmou que todas as questões apontadas na carta já foram analisadas.>
Ele destacou que todas as situações envolvendo segurança foram sancionadas ou solucionadas, e que a organização segue trabalhando para resolver pendências.>
Comentou ainda que um problema técnico no sistema de ar-condicionado, que gerou desconfortos em dias anteriores, foi parcialmente corrigido: “Hoje estava melhor, todos concordamos. E os outros problemas estão sendo resolvidos aos poucos”, afirmou.>
Com um amplo leque de temas em debate, da transição energética à adaptação climática, a COP30 sinaliza uma nova fase do processo internacional: menos centrada em discutir metas e mais focada em garantir que elas saiam do papel.>
A expectativa é que essa edição consolide o avanço para políticas efetivas: ações concretas, financiamento climático mais robusto e maior integração entre países.>