Produção de biocombustíveis no Brasil deve quintuplicar até 2050

Essa produção tem refletido diretamente na redução de emissões no transporte público. Um exemplo é o B20, mistura que leva 20% de biodiesel, utilizada em parte da frota de ônibus no Brasil.

Publicado em 28 de julho de 2025 às 14:11

Essa produção tem refletido diretamente na redução de emissões no transporte público.
Essa produção tem refletido diretamente na redução de emissões no transporte público. Crédito: Agência GOV

Com um cenário cada vez mais voltado para fontes de energia limpa, o Brasil desponta como uma peça-chave na produção global de biocombustíveis. Em 2023, o país produziu cerca de 43 bilhões de litros, sendo 35 bilhões de etanol e mais de 7 bilhões de biodiesel.

Essa produção tem refletido diretamente na redução de emissões no transporte público. Um exemplo é o B20, mistura que leva 20% de biodiesel, utilizada em parte da frota de ônibus no Brasil. O uso desse combustível tem reduzido em até 70% as emissões de CO₂, o que equivale a cerca de 2 milhões de toneladas a menos na atmosfera por ano.

Além do etanol e biodiesel, o país começa a explorar novas frentes de atuação, como o SAF (combustível sustentável de aviação) e os chamados combustíveis verdes para uso marítimo. Embora esses setores sejam conhecidos pela dificuldade em reduzir emissões, o Brasil pode sair na frente, graças a vantagens como a recuperação de pastagens degradadas, que deve alcançar 40 milhões de hectares.

Para garantir que esse crescimento venha com responsabilidade ambiental, empresas e representantes do terceiro setor lançaram recentemente a Declaração Conjunta para Biocombustíveis Sustentáveis. O documento busca estabelecer critérios de certificação, incentivar políticas públicas e criar mecanismos de financiamento voltados à descarbonização do transporte internacional.

Se as projeções se confirmarem, o mercado brasileiro de biocombustíveis poderá crescer cinco vezes até 2050, colocando o país em posição de liderança na corrida por uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Com informações da CNN Brasil