Programação dos Pavilhões Brasil na COP30 é divulgada; confira

Foram recebidas 1.270 propostas, sendo 140 selecionadas.

Publicado em 29 de setembro de 2025 às 09:33

O MMA divulgou o resultado dos painéis que vão compor a programação dos Pavilhões Brasil na COP30.
O MMA divulgou o resultado dos painéis que vão compor a programação dos Pavilhões Brasil na COP30. Crédito: Reprodução

O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), divulgou o resultado dos painéis que vão compor a programação dos Pavilhões Brasil na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que vai acontecer em Belém entre os dias 10 a 21 de novembro.

No geral, foram recebidas 1.270 propostas, sendo 140 selecionadas. As propostas foram avaliadas pelo Comitê Técnico responsável pelos Pavilhões do Brasil, formado pelo MMA, pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), pela Presidência da COP30, pela Secretaria de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, pela Secretaria-Geral e pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

A conferência contará com dois pavilhões, a Zona Azul e a Zona Verde, que possuirão dois auditórios. A ideia é que o espaço reúna a comunidade brasileira e internacional para diálogos sobre as mudanças climáticas. A programação acontecerá entre 10h e 19h, com duração máxima de 60 minutos.

Como será a programação

Os painéis nos Pavilhões Brasil ocorrerão diariamente, das 10h às 19h, com duração máxima de 60 minutos cada. Haverá dois auditórios em cada zona — Azul e Verde — permitindo maior dinamismo na programação. Os coordenadores das propostas selecionadas receberão contato direto do MMA para confirmar nomes de painelistas e moderadores, além de fornecer materiais como minibiografias e fotos para divulgação oficial.

Mas o esforço de inclusão não parou aí. Para garantir maior pluralidade, outras propostas não selecionadas serão convidadas a compor atividades autogestionadas em salas adicionais da Zona Verde. A lista com cerca de 80 novos painéis será publicada até 10 de outubro, dando às organizações tempo para confirmar sua participação.

O significado político da escolha

A seleção recorde e a abertura para incluir atividades extras revelam um momento singular na trajetória da política climática brasileira. Mais do que cumprir um protocolo, o MMA e seus parceiros criaram um canal para que diferentes atores — de governos estaduais a movimentos sociais e empresas inovadoras — possam apresentar experiências, pressionar por ambição e influenciar a narrativa global.

A COP30, sediada pela primeira vez em uma cidade da Amazônia, já é tratada como um marco histórico. Ao dar espaço a vozes diversas dentro e fora do governo, o Brasil busca mostrar que enfrentar a crise climática exige mais do que acordos diplomáticos: demanda participação social ampla, diálogo aberto e a capacidade de transformar ideias em ação.

Nesse sentido, os Pavilhões Brasil funcionam como microcosmos da conferência: lugares onde o discurso institucional se encontra com a energia da sociedade civil e com as soluções práticas do setor privado. Se Belém se tornará o ponto de partida para uma década de aceleração climática, como deseja a ONU, muito dependerá da vitalidade e da riqueza dos debates que ocuparão esses espaços.