Publicado em 1 de maio de 2025 às 20:53
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) realizou, na última quarta-feira (30), o resgate de três filhotes fêmeas de peixe-boi, oriundos das comunidades de Boca dos Currais, Casa Grande e da Resex Tapajós Arapiuns, em Santarém, na região do Baixo Amazonas. Os animais foram encaminhados para o Centro de Reabilitação e Triagem de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural da Amazônia (CETRAS-UFRA), em Belém, e nesta quinta-feira (01), seguiram para o Instituto Bicho D’água em Castanhal, onde ficarão em processo de reabilitação.>
“De novembro de 2024 até abril de 2025, foram realizados 10 resgates de Peixes-bois, assim, a implementação do programa de conservação do peixe boi no Pará coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), e as políticas públicas de acordo de pesca tem uma influência nessa procura pelos órgãos ambientais para auxílio na conservação da fauna silvestre, uma vez que gera engajamento da comunidade com o Estado. Hoje, os comunitários sabem a quem recorrer, onde buscar ajuda e sabem que serão assistidos, o acordo de cooperação técnica entre as instituições envolvidas é fundamental para êxito nessas operações”, destaca Talita Praxedes, Gerente de Fauna Aquicultura e Pesca da Semas.>
O Instituto Igarapé-Nhamundá acionou a Semas após o 1° filhote ser encontrado sozinho. Foram feitas observações da área e busca ativa pela mãe do filhote, que não foi encontrado, por essa razão, os comunitários o levaram até o Instituto Igarapé-Nhamundá para conhecimento, assistência e comunicação com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado.>
“O Instituto se sensibiliza e não pode ficar alheio diante da agressão que os peixes-boi vem sofrendo, busca contribuir com a sobrevivência e conservação da espécie com apoio de outras entidades de proteção ambiental, hoje com a regularização dos Acordos de Pesca pela Semas, cria-se a oportunidade de também agregar proteção a outras espécies aquáticas da região (quelônios, botos entre outros), já se constata uma mudança comportamental das comunidades diante destas ações protecionistas através do governo do estado, explica Maria Cristina Andrade, responsável pelo instituto Igarapé-Nhamundá.>
O 2° filhote foi encontrado debaixo de uma residência ribeirinha, sem a mãe, e também foi direcionado para o Instituto Igarapé-Nhamundá onde recebeu os cuidados até o momento da transferência. Já o 3°, foi encontrado na Resex Tapajós Arapiuns, na comunidade Mangal e foi resgatado pela comunidade no dia 24 de abril, mas já rondava a beira da comunidade há mais de uma semana, sozinha e sem a mãe. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi acionado no mesmo dia do resgate.>
“Foi constatado que o filhote menor mede 80cm de comprimento, enquanto o maior 1,10cm pesando aproximadamente 21kg. Eles foram localizados em áreas de funcionamento do acordo de pesca do Pará. Dois deles, apesar do emagrecimento e desidratação, encontram-se estáveis e o outro está bastante debilitado, necessitando de cuidados intensivos”, finaliza Talita.>
A operação foi uma ação da Semas por meio da Gerência de Fiscalização de Fauna e Recursos Pesqueiros (GEFAU) e Gerência de Fauna, Flora, Aquicultura e Pesca (GEFAP), em parceria com o ICMBio (Unidade Santarém), Instituto Nhamundá, Instituto Bicho D'água, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social por meio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP), CETRAS/UFRA e o Ibama.>