Cheias no Amazonas expõem vulnerabilidade climática e já afetam mais de 500 mil pessoas

O governo estadual informou que 40 municípios estão em situação de emergência e 18 permanecem em estado de alerta.

Publicado em 6 de julho de 2025 às 08:39

O governo estadual informou que 40 municípios estão em situação de emergência e 18 permanecem em estado de alerta.
O governo estadual informou que 40 municípios estão em situação de emergência e 18 permanecem em estado de alerta. Crédito: Divulgação/Governo Federal

O Amazonas vive uma das piores cheias dos últimos anos. Mais da metade do estado já sofre com os impactos diretos da elevação dos rios, e o cenário se agrava a cada novo boletim divulgado. Neste sábado (5), o governo estadual informou que 40 municípios estão em situação de emergência e 18 permanecem em estado de alerta. Ao todo, mais de 530 mil pessoas já foram afetadas, número que equivale a quase um quinto da população amazonense.

Em Manaus, o nível do Rio Negro segue subindo, mesmo com julho sendo tradicionalmente o início da vazante. Na sexta-feira (4), o rio atingiu 29,04 metros, mantendo a capital em estado de alerta e ampliando a preocupação com possíveis inundações urbanas.

O avanço das águas já impactou 133 mil famílias em todo o estado. Apenas quatro municípios, Canutama, Envira, Presidente Figueiredo e Lábrea, seguem fora de qualquer estado de atenção. Em várias regiões, comunidades ribeirinhas estão isoladas, escolas foram fechadas, plantações submersas e o abastecimento de água potável começou a ser comprometido.

A situação acende um alerta para uma crise humanitária iminente, principalmente nas cidades que não têm estrutura adequada para lidar com enchentes prolongadas. Moradores pedem apoio emergencial do governo federal e ações rápidas para minimizar os prejuízos e garantir assistência às populações afetadas.

Entre os municípios mais atingidos estão Manacapuru, Borba, Tefé, Coari e Humaitá, onde moradores relatam perdas materiais e dificuldades de acesso a alimentos, saúde e transporte. Com as chuvas persistentes e o volume dos rios ainda em crescimento, a previsão é de que a situação piore nos próximos dias.

Com informações do Metrópoles