Transição energética ganha força no debate climático e aponta caminhos para um futuro sustentável

Tema central da Cúpula do Clima em Belém, a transição energética foi explicada ao Roma News pelo especialista John Wurdig, do Instituto Arayara.

Publicado em 10 de novembro de 2025 às 15:48

Transição energética ganha força no debate climático e aponta caminhos para um futuro sustentável
Transição energética ganha força no debate climático e aponta caminhos para um futuro sustentável Crédito: Reprodução

O conceito de transição energética esteve entre os principais assuntos debatidos durante a Cúpula do Clima, realizada em Belém. O tema, que trata da substituição das fontes de energia fósseis por alternativas limpas e sustentáveis, é considerado essencial para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e orientar políticas ambientais para os próximos anos.

Em entrevista ao Roma News, o gerente de transição energética do Instituto Internacional Arayara, John Fernando de Farias Wurdig, explicou que o mundo vive um momento decisivo na busca por modelos de desenvolvimento menos poluentes e mais eficientes.

“A transição energética é um movimento que busca reduzir a dependência de combustíveis fósseis, como o petróleo, gás natural e o carvão mineral, e ampliar o uso de fontes renováveis, solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde. É uma mudança que vai muito além da tecnologia, envolve também uma transformação social e econômica, levando em consideração as salva-guardas para a transição energética”, afirmou o especialista.

Durante os debates da Cúpula, representantes de diferentes países e instituições ressaltaram que a transição para uma economia de baixo carbono é fundamental para cumprir as metas do Acordo de Paris, que completou dez anos em 2025. A proposta é que governos e empresas avancem em investimentos voltados à energia limpa e à eficiência energética.

Segundo Wurdig, esse processo exige planejamento e cooperação internacional, especialmente em países que dependem fortemente da exploração de combustíveis fósseis e ainda subsidiam especialmente o petróleo e o carvão mineral.

“O diálogo entre governos, empresas e sociedade civil é o que permite acelerar essa mudança. A transição energética é um compromisso global que precisa ser construído de forma justa e equilibrada”, completou.

Com a Cúpula do Clima posicionando Belém como centro das discussões ambientais internacionais, o tema deve ganhar ainda mais destaque durante a COP30. Especialistas acreditam que a cidade pode se tornar um símbolo da união entre preservação ambiental e inovação energética.

“A Amazônia tem enorme potencial para liderar essa transformação. Investir em energia limpa na região é apostar em um futuro sustentável para todo o planeta”, concluiu Wurdig.