Veja quais doenças podem crescer com o aquecimento global

O aquecimento global não traz apenas desconforto térmico, ele já está impactando diretamente a saúde pública.

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 13:55

O aquecimento global não traz apenas desconforto térmico, ele já está impactando diretamente a saúde pública.
O aquecimento global não traz apenas desconforto térmico, ele já está impactando diretamente a saúde pública. Crédito: Agência Brasil

O aquecimento global não traz apenas desconforto térmico, ele já está impactando diretamente a saúde pública. O calor extremo sobrecarrega o corpo humano, agrava doenças crônicas e cria condições ideais para a proliferação de vírus como o da dengue.

Para manter a temperatura interna estável, o organismo precisa trabalhar mais nos dias quentes. Esse esforço extra acelera os batimentos cardíacos, eleva a pressão arterial e aumenta o risco de desidratação. O sistema circulatório fica sobrecarregado, o que é especialmente perigoso para quem já vive com condições como hipertensão, diabetes ou Alzheimer.

O resultado pode ser grave: entre 2000 e 2018, quase 50 mil mortes no Brasil foram relacionadas a extremos de calor, segundo estudo da Fiocruz em parceria com a Universidade de Lisboa. No Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde constatou que idosos e pessoas com comorbidades morrem mais nos dias de temperatura elevada.

Doenças que encontram terreno fértil

Além do impacto direto no corpo humano, o aquecimento global favorece o avanço de doenças transmitidas por vetores. O mosquito da dengue, por exemplo, se reproduz mais rápido em climas quentes e úmidos. Em 2024, o ano mais quente da história do país, o Brasil bateu recorde: mais de 6 milhões de casos da doença.

O alerta é global. A revista The Lancet aponta que o risco de transmissão da dengue aumentou 11% na última década. E o problema já não se restringe aos trópicos: em 2023, países europeus como França, Espanha e Itália registraram mais de 100 casos autóctones da doença.

Uma crise de saúde pública

Especialistas reforçam: a crise climática não é só ambiental. Ela já é uma crise de saúde. O aumento do calor, a alteração no regime de chuvas e a expansão de vetores transmissores de doenças têm efeitos mensuráveis. Combater o aquecimento global, portanto, não significa apenas proteger ecossistemas, significa salvar vidas.

Com informações do G1