Banqueiro é apontado como fonte de denúncias sobre interferência de Moraes no caso do Banco Master

André Esteves estaria a fornecer informações que “embasaram” as alegações de que o ministro procurou o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para discutir um negócio envolvendo a instituição de Daniel Vorcado.

Publicado em 26 de dezembro de 2025 às 12:12

Banqueiro André Esteves, sócio sênior do BTG Pactual.
Banqueiro André Esteves, sócio sênior do BTG Pactual. Crédito: Reprodução/ Youtube BTG Pactual 

O Banqueiro André Esteves, sócio sênior do BTG Pactual, é apontado como a principal fonte por trás das denúncias repassadas à imprensa sobre as acusações ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de interferir em favor do Banco Master junto ao Banco Central.

A informação de que Esteves seria a fonte das minimatérias publicadas pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, foi reportada por Renato Rovai, editor-chefe da Revista Fórum.

O banqueiro estaria a fornecer informações que “embasaram” as alegações de que o ministro procurou o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para discutir um negócio envolvendo a instituição de Daniel Vorcado. Por outro lado, tanto Moraes quanto o Banco Central divulgaram notas oficiais negando tais imputações.

Quem é André Esteves

André Esteves é um nome que ressoa fortemente no mercado financeiro brasileiro. Empresário bilionário, estrategista afiado e figura polêmica, sua trajetória está entrelaçada com a ascensão do BTG Pactual, um dos maiores bancos de investimentos da América Latina.

Em novembro de 2015, Esteves foi preso preventivamente no âmbito da Operação Lava Jato, acusado de tentar obstruir investigações relacionadas à Petrobras e ao ex-senador Delcídio do Amaral.

A prisão de Esteves abalou profundamente a imagem do BTG Pactual. O banco viu suas ações despencarem e precisou agir rapidamente para preservar a confiança dos clientes. Esteves se afastou da gestão, e uma nova liderança temporária assumiu o comando.

Em 2016, Esteves foi solto por decisão do STF, e, anos depois, o processo foi arquivado por falta de provas concretas.