Publicado em 21 de agosto de 2025 às 10:00
Ao todo, 700 mulheres podem ter sido vítimas de Ramiro Gonzaga Barros, de 36 anos, apontado como "o maior predador sexual infantil" pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul (RS). Conforme as investigações, o homem cometeu seus crimes entre 2009 e 2025, a maioria das vítimas é de Taquara, cidade onde ele morava.>
Ramiro foi descoberto após denúncia de uma vítima de apenas 9 anos que acionou a mãe sobre a chantagem de um homem. A polícia descobriu que, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, ele assediou e instigou a criança, em diversas oportunidades, a tirar fotos íntimas e enviá-las pelo Instagram. Após o envio do conteúdo, o homem chantageava a vítima para mais envio de fotos em posições diferentes, sob a argumentação de que, se não enviasse, ele publicaria na rede social.>
Após a denúncia da mãe, a polícia prendeu o abusador em janeiro deste ano. Com ele, a polícia apreendeu mídias digitais com imagens de pornografia infantil. Segundo o delegado que investiga o caso, o material ilícito era organizado em diferentes pastas, cada uma identificada com o nome de uma das vítimas. Na casa do abusador, os investigadores encontraram mais de 750 arquivos, que leva a polícia a acreditar que o homem fez centenas de vítimas.>
A polícia afirma que os investigadores identificaram um padrão em Ramiro. As vítimas tinham entre 8 e 13 anos. Elas eram cooptadas por meio das redes sociais por meio de perfis falsos, uma estratégia para se aproximar das meninas.>
Após o flagrante, em fevereiro deste ano, o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou o serial killer por três crimes relacionados à primeira denúncia: armazenar imagens pornográficas de crianças, assediar e instigar a menina de 9 anos a tirar fotos nua e ameaçar divulgar o material na internet.>