Publicado em 31 de outubro de 2025 às 11:00
 
A taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo a mínima histórica já registrada no trimestre anterior. Com isso, o país continua a registrar o menor nível de desemprego desde o início da série histórica, em 2012, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).>
Em comparação com o trimestre de junho, a taxa de desemprego havia sido de 5,8%, e no mesmo período do ano passado, estava em 6,4%. O número de pessoas desempregadas no país caiu para 6,04 milhões, o menor patamar já registrado.>
No lado positivo, a população ocupada, que representa os trabalhadores em idade apta a trabalhar, manteve-se estável com 102 milhões de pessoas empregadas, e o nível de ocupação no país ficou em 58,7%, subindo ligeiramente em relação ao ano passado.>
O destaque ficou por conta do número de empregados com carteira assinada, que alcançou um novo recorde histórico, com 39,2 milhões de trabalhadores formais. Esse aumento de 2,7% no último ano (mais 1 milhão de pessoas) reflete uma melhora significativa na formalização do mercado de trabalho.>
Enquanto isso, a quantidade de trabalhadores informais se manteve estável, com 38,7 milhões de pessoas atuando sem carteira de trabalho, o que representa 37,8% da população ocupada – uma redução em relação ao ano anterior.>
A população desalentada, composta por pessoas que desistiram de procurar emprego, caiu para 2,6 milhões, uma queda considerável em relação ao pico registrado em 2021. Além disso, a força de trabalho potencial, que inclui aqueles que poderiam trabalhar mas não estavam buscando ativamente um emprego, também diminuiu para 5,2 milhões, o menor número desde 2015.>
O rendimento médio habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.507, valor que se manteve estável no trimestre, mas que apresentou um crescimento de 4% em relação ao ano passado. A massa de rendimento, que corresponde à soma de todos os salários pagos aos trabalhadores, totalizou R$ 354,6 bilhões, com uma alta de 5,5% no ano.>
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a manutenção de altos níveis de ocupação nos últimos meses sugere que a tendência de queda do desemprego deve se manter ao longo de 2025. Esses resultados indicam uma recuperação gradual e estável do mercado de trabalho no Brasil, com sinais de melhora tanto na formalização quanto na qualidade dos empregos.>
Com a taxa de desemprego em níveis baixos, o mercado de trabalho brasileiro mostra sinais positivos, refletindo a estabilidade e a recuperação econômica que o país vem vivenciando.>