Publicado em 31 de outubro de 2025 às 12:19
 
A megaoperação realizada no Rio de Janeiro nesta semana, que deixou 121 mortos, expôs a estrutura interestadual de uma das maiores facções criminosas do país. O Complexo da Penha, apontado como um refúgio de criminosos de alta periculosidade, abriga líderes do tráfico de outros estados, especialmente do Pará. Entre os principais alvos das investigações está Tiago Teixeira Sales, conhecido como “Gato Mestre”, considerado o chefe máximo da organização criminosa no estado paraense.>
Gato Mestre é visto como o estrategista do grupo no Norte do país, responsável por definir rotas de tráfico, alianças com outras facções e disputas violentas contra rivais, como o PCC. Ao seu lado atua Anderson Souza Santos, o “Latrol”, braço direito e responsável pelas operações da quadrilha. A dupla é considerada peça central na expansão das atividades criminosas que conectam o Pará ao Rio de Janeiro.>
As investigações apontam que o Complexo da Penha funciona como um santuário para criminosos de todo o país. Muitos migram para o Rio em busca de refúgio contra a prisão ou a morte, enquanto outros fortalecem as frentes armadas locais, ampliando o poder de fogo da facção. Para esses líderes, o Rio oferece proteção e status dentro da hierarquia do crime. Gato Mestre, no entanto, mantém perfil discreto, evitando exposição e se mantendo como uma figura de comando à distância.>
A Operação Contenção, deflagrada nesta semana, tinha como um dos principais objetivos atingir esse núcleo de liderança interestadual. A Polícia Federal acreditava que Gato Mestre e Latrol estivessem escondidos na Penha durante as ações, mas até o momento não há confirmação sobre prisão ou morte de nenhum dos dois. As investigações continuam, e novas operações devem ser realizadas para enfraquecer a conexão entre as facções do Norte e o crime organizado no Sudeste.>