Irmã de Juliana Marins critica legista na Indonésia por divulgar laudo antes da família

Jovem de 26 anos morreu após queda em trilha no vulcão Rinjani; parentes aguardam translado com apoio da Prefeitura de Niterói.

Publicado em 28 de junho de 2025 às 09:09

Juliana e a irmã Mariana - 
Juliana e a irmã Mariana -  Crédito: Redes sociais

A irmã de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu após cair em um penhasco durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, fez duras críticas ao médico legista responsável pelo laudo da causa da morte. Em vídeo publicado nas redes sociais na noite desta sexta-feira (28), Mariana Marins classificou como “caos e absurdo” a forma como a situação foi conduzida pelas autoridades locais.

Segundo Mariana, a família foi chamada ao hospital para receber o laudo oficial, mas antes mesmo de ter acesso ao documento, o legista concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa local, revelando os detalhes do exame.

“É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais. O médico achou de bom tom falar para todo mundo antes da própria família”, lamentou.

Mariana também informou que a família aceitou ajuda da Prefeitura de Niterói para custear o translado do corpo de Juliana ao Brasil. Os familiares ainda aguardam vagas em voos para retornar.

Juliana, de 26 anos, desapareceu no último dia 21 de junho após sofrer uma queda na trilha do Monte Rinjani. Ela foi vista por um drone turístico se mexendo horas depois da primeira queda, mas os socorristas não conseguiram alcançá-la a tempo devido à dificuldade de acesso e equipamentos inadequados.

Seu corpo só foi resgatado no dia 24, no quarto dia de buscas, a cerca de 600 metros abaixo do ponto inicial da queda.

O laudo preliminar divulgado pelo legista em Bali aponta que Juliana morreu em decorrência de impactos contra objeto contundente de superfície plana e dura, o que causou múltiplos ferimentos — o mais grave, nas costas. O médico afirmou que a morte foi quase imediata, podendo ter ocorrido até 20 minutos após o impacto. Ele também descartou hipóteses como fome, inanição ou hipotermia, e disse que não é possível determinar o número exato de quedas que Juliana sofreu.

O caso gerou comoção nas redes sociais e levantou questionamentos sobre o suporte a turistas em áreas de difícil acesso na região.