Megaoperação atinge coração de facção criminosa que atua no Pará e mais nove estados
A ação nacional cumpriu 64 mandados de busca e apreensão, 39 de prisão preventiva e 16 de prisão temporário e bloqueio de R$ 21 milhões em bens e contas bancárias.
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 09:32
Um dos maiores golpes recente contra o crime organizado no país foi desferido nesta quinta-feira (25), quando a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Goiás (Ficco-GO) desencadeou a Operação Corrosão. A ofensiva buscou sufocar as atividades de uma facção criminosa envolvida em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e atuação interestadual, mobilizando mais de 400 agentes de segurança em diferentes regiões do Brasil.
A ação judicial resultou no cumprimento de 64 mandados de busca e apreensão, além de 39 prisões preventivas e 16 temporárias. Os alvos se espalham por dez unidades da federação: Goiás, São Paulo, Paraná, Pará, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal.
As investigações apontam que o grupo mantinha uma estrutura altamente hierarquizada, formada por líderes estratégicos, operadores financeiros responsáveis pela contabilidade, distribuidores de drogas, fornecedores, intermediários e até os chamados “soldados”, encarregados de impor disciplina dentro da facção.
Outro ponto central da ofensiva foi o ataque ao patrimônio acumulado pelo grupo. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 21 milhões em bens e contas bancárias ligados aos investigados, medida considerada fundamental para enfraquecer a sustentação econômica da organização.
O caráter integrado da operação se refletiu na atuação conjunta de diferentes forças de segurança, entre elas a Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal de Goiás e a Polícia Penal Federal (Senappen). Para os investigadores, o esforço coordenado é essencial para atingir redes criminosas que operam em múltiplos estados e se adaptam rapidamente às pressões policiais.
