Moraes retira sigilo de relatório  sobre caso da Abin paralela

A retirada do sigilo acontece após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial, que resultaram em matérias contraditórias na imprensa.

Publicado em 18 de junho de 2025 às 18:03

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF Crédito: Marcello Camargo - Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da investigação sobre o caso da chamada Abin paralela. A decisão foi assinada nesta quarta-feira (18).

A retirada do sigilo acontece após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial, que resultaram em matérias contraditórias na imprensa.

“Em que pese o sigilo dos autos, lamentavelmente, vêm ocorrendo inúmeros vazamentos seletivos de trechos do relatório apresentado pela autoridade policial, com matérias confusas, contraditórias e errôneas na mídia”, escreveu Moraes, que também pontou que vazamentos seletivos podem prejudicar a instrução processual.

Foi mantido pela Corte apenas o sigilo das petições relacionadas a dados bancários e fiscais dos investigados.

Em relatório final enviado ao STF, a Polícia Federal apontou responsabilidade criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de indiciar o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal, e o atual chefe da agência, Luiz Fernando Corrêa, pelo esquema criminoso envolvendo o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.