Mulher denúncia ex-marido e empresário por golpe bilionário com garimpo ilegal

Segundo a polícia, o grupo faturou R$ 4 bilhões com o esquema criminoso

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 13:10

Alan Cavalcante do Nascimento
Alan Cavalcante do Nascimento Crédito: Reprodução - Redes Sociais

A ex-mulher do empresário Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como chefe de uma quadrilha que opera um garimpo ilegal, em Minas Gerais, e movimenta bilhões com a atividade, denunciou o ex-companheiro para a polícia.

No esquema que movimentou bilhões e promove a destruição ambiental, estão envolvidos empresários, servidores públicos e políticos, todos esses estão entre os investigados. Eles são acusados de explorar áreas protegidas e provocar graves danos ambientais em troca de propina.

De acordo com a ex-esposa, Alan guarda 10 milhões em espécie, o dinheiro estaria guardado em malas, em um apartamento, em Alagoas.

Para o Fantástico, a ex-mulher revelou detalhes do esquema, segundo ela, há crimes mais graves, Alan teria cometido intimidação de autoridades envolvidas em processos contra ele. O empresário chegou a comprar imóveis próximos às residências de juízas responsáveis pelo caso. Além disso, a investigação aponta que o grupo se aproximava de integrantes do poder público para obter vantagens.

A investigação identificou três líderes que operavam a rede de corrupção:

Conforme a polícia, três homens lideravam o grupo: Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como chefe da quadrilha, João Alberto Paixão Lages, ex-deputado estadual de Minas Gerais e Helder Adriano de Freitas, especialista e articulador em mineração.

O minério extraído era comercializado pela empresa Fleurs Global, que movimentou R$ 4 bilhões em cinco anos. Essa é apontada como o núcleo financeiro da organização criminosa.

A investigação da polícia aponta o grupo se associou a servidores públicos que favoreceram o esquema criminoso e recebiam pagamentos em troca da atividade ilegal. Eles são:

Caio Mário Trivellato Seabra Filho, diretor da Agência Nacional de Mineração;

Rodrigo de Melo Teixeira, delegado federal e suposto sócio oculto de uma das empresas.

Na operação, a polícia prendem mais dois servidores públicos, eles são: Arthur Ferreira Rezende, diretor da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e Rodrigo Gonçalves Franco, ex-presidente da Feam.

Após a queda do esquema, Alan, Helder e João Alberto foram presos e transferidos para o presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, essa foi a primeira vez que presos por crimes ambientais são levados para uma penitenciária federal.

Após a operação, a exploração da Serra de Botafogo foi interrompida. Especialistas alertam para a urgência de recuperar áreas degradadas.