Mulher fingia ter câncer para pedir doações e levava ‘vida de luxo’, em Goiás

O delegado relatou que Kamilla utilizava o dinheiro para pagar buffets, prestadores de serviço e até artistas plásticos, além de usar o que ganhava em procedimentos estéticos.

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 09:53

Kamilla usava uma bandana na cabeça para sensibilizar as vítimas.
Kamilla usava uma bandana na cabeça para sensibilizar as vítimas. Crédito: Divulgação/PC-GO

Uma mulher, identificada como Kamilla Morgana, foi presa suspeita de fingir câncer terminal e lúpus, para aplicar golpes, em Aparecida de Goiânia–GO. Kamilla foi presa no dia 30 de julho, e após investigações, foi constatado que a mulher usava o dinheiro das doações para levar uma “vida de luxo”. Segundo o delegado responsável pelo caso, Igomar de Souza Caetano, a mulher usava uma bandana na cabeça para sensibilizar as vítimas.

Segundo informações da polícia, o caso foi denunciado à corporação por parentes e amigos da mulher, que desconfiaram das doenças que ela dizia ter. Após a prisão por estelionato, ela confessou que aplicava os golpes em amigos, parentes e pessoas próximas. Até mesmo a escola da filha dela chegou a arrecadar doações em dinheiro para o suposto tratamento e fez transferências via Pix.

“Ela, inclusive, simulava que estava realizando tratamento quimioterápico, quando, na verdade, realizava procedimentos estéticos e obtinha vantagens indevidas de amigos e pessoas próximas”, detalhou a polícia.

O delegado relatou que Kamilla utilizava o dinheiro para pagar buffets, prestadores de serviço e até artistas plásticos, além de usar o que ganhava em procedimentos estéticos. “Ela tinha uma vida de gastos, de luxos. Ela alugava até apartamento de alto padrão. Ela usou desse artifício para sensibilizar e emocionar a vítima, que acreditava estar ajudando o próximo, num ato de generosidade. Mas, infelizmente, era tudo mentira”, declarou Igomar.

A defesa de Kamilla informou que vai se pronunciar sobre o caso apenas judicialmente.