Mulher trans é transferida para prisão feminina após decisão do STJ; entenda

A medida foi tomada após negativas nas instâncias inferiores.

Publicado em 21 de maio de 2025 às 08:43

Mulher trans deve cumprir pena em uma unidade prisional compatível com sua identidade de gênero. 
Mulher trans deve cumprir pena em uma unidade prisional compatível com sua identidade de gênero.  Crédito: Pixabay

A Defensoria Pública do Distrito Federal obteve uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para uma mulher trans cumprir pena em uma unidade prisional compatível com sua identidade de gênero. A medida foi tomada após negativas nas instâncias inferiores.

A mulher estava inicialmente detida em uma unidade masculina e havia solicitado transferência para uma prisão feminina. Posteriormente, ela manifestou arrependimento sobre o pedido, mas a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal negou sua transferência de volta para o presídio masculino.

A Defensoria Pública recorreu da decisão, que acabou sendo revertida pelo STJ. Na decisão, o STJ ressaltou que “a identidade de gênero é um direito fundamental, especialmente quando essa decisão impacta diretamente a integridade física, psíquica e emocional” da pessoa.

Não existe uma lei específica que defina o local de custódia para pessoas trans, mas uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) orienta que o magistrado deve consultar a pessoa presa sobre sua preferência quanto ao local de cumprimento da pena. A escolha deve ser registrada formalmente no processo e pode ser revista caso a pessoa presa altere sua manifestação.