PF cumpre mandados contra 10 condenados após prisão de Silvinei

Prisões domiciliares atingem políticos, militares e ex-servidores ligados à trama golpista

Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 17:33

Prisões domiciliares atingem políticos, militares e ex-servidores ligados à trama golpista
Prisões domiciliares atingem políticos, militares e ex-servidores ligados à trama golpista Crédito: Reprodução

A Polícia Federal cumpriu, neste sábado (27), dez mandados de prisão domiciliar contra condenados por envolvimento na trama golpista investigada pelo Supremo Tribunal Federal. A ação ocorreu um dia após a prisão do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, detido no Paraguai ao tentar fugir do cumprimento de uma pena superior a 24 anos.

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e em outros sete estados. Os alvos são políticos, militares e ex-servidores públicos condenados por atuar contra o resultado das eleições presidenciais de 2022, que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Todos os condenados vão cumprir prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica e estão submetidos a uma série de medidas cautelares. Entre elas estão a proibição de usar redes sociais, restrição de contato com outros investigados, entrega de passaportes, suspensão do porte de armas e limitação de visitas apenas a advogados ou pessoas previamente autorizadas pelo STF.

Veja quem são os alvos dos mandados cumpridos pela Polícia Federal:

Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro

Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército

Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça

Carlos Rocha Moretzsohn, presidente do Instituto Voto Legal

Ailton Barros, major do Exército

Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército

Sérgio Cavalieri, tenente-coronel

Bernardo Romão Correa Neto, coronel

Fabrício Moreira de Bastos, coronel

Giancarlo Rodrigues, subtenente

A operação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e atinge condenados dos núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista. O núcleo 2 envolve réus que monitoraram autoridades e tentaram interferir no processo eleitoral. O núcleo 3 reúne militares acusados de planejar ações para neutralizar autoridades, incluindo o presidente e o vice-presidente da República. Já o núcleo 4 é composto por condenados por disseminar desinformação e promover ataques contra instituições e agentes públicos.

A Polícia Federal informou que o descumprimento de qualquer uma das medidas impostas pode resultar em prisão preventiva imediata. A operação foi realizada de forma simultânea no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia e Tocantins, com apoio do Exército Brasileiro nas diligências que envolvem militares.