PM prende criminosos do PCC por cobrarem propina a moradores do Moinho

Sete pessoas foram presas durante operação incluindo irmã do líder do PCC

Publicado em 8 de setembro de 2025 às 12:08

(Durante Operação Sharpe, 7 pessoas foram presas.) 
(Durante Operação Sharpe, 7 pessoas foram presas.)  Crédito: PMSP - Divulgação

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Militar deflagraram operação contra criminosos que cobravam propina dos moradores da Favela do Moinho, na capital paulista, nesta segunda-feira (8). Durante a operação desta segunda, sete pessoas apontadas pelo MP e envolvimento com o tráfico de drogas e extorsão na Favela do Moinho, foram presas.

A irmã do líder da facção criminosa Alessandra Moja também foi presa. Ela é irmã de Leonardo Moja, conhecido como “Léo do Moinho”, líder do tráfico na região e preso em agosto do ano passado durante a Operação Salus Et Dignitas.

Conforme investigação do MP, Alessandra se autodeclara como líder comunitária, mas trabalhava para defender as demandas do irmão, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante a operação, a filha de Alessandra também foi presa.

A PM também prendeu José Carlos Silva, atuava como substituto de Leonardo na liderança do tráfico; Jorge de Santana, proprietário de um bar que armazenava drogas e armas de fogo; Leandra Maria, atuava na liderança do tráfico na Cracolândia; Paulo Rogério, responsável pela distribuição de drogas; e Cláudio Celestino, envolvido com o tráfico e cobrança de propinas.

No total, a PM cumpriu 10 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão. A investigação apurou o grupo criminoso cobrava dinheiro de moradores que aceitavam deixar a comunidade para viver em imóveis oferecidos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). O grupo agia sob as ordens de Léo do Moinho, mesmo após sua prisão.

Em abril de 2025, o governo de São Paulo anunciou um plano de governo a ‘Operação Dignidade e Comunidade do Moinho’ que oferta moradia digna a quem vive na favela. Em junho, foram anunciados os critérios do programa, que tem a parceria do governo federal. Após entrar em vigor, mais da metade dos moradores já deixou o Moinho, mas o grupo criminoso atuava para impedir a saída dos moradores, cobrando propinas para permitir que deixassem a comunidade.