Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 14:12
Um vídeo que voltou a circular nas redes sociais mostra Gerson de Melo Machado,, o Vaqueirinho, descendo sorridente de uma viatura policial após ser detido. Ele admite ter danificado um veículo e, em tom de brincadeira, afirma que repetiria o ato “porque estava desempregado”. A cena, antes vista como molecagem, agora ganha contornos trágicos após sua morte ao invadir a jaula de uma leoa no Parque Arruda Câmara, em João Pessoa.>
A vida de Vaqueirinho foi marcada por pobreza extrema, transtornos mentais não tratados e abandono familiar. Ele acumulou 16 registros policiais por furtos e danos ao patrimônio, e passou oito anos acompanhado pelo Conselho Tutelar.>
Verônica Oliveira, conselheira que o acompanhou desde os 10 anos, conta que o jovem sempre foi tratado como um “problema comportamental”, apesar dos sinais evidentes de transtornos graves. Filho de mãe com esquizofrenia e avós com problemas de saúde mental, ele cresceu entre abrigos e ruas. Mesmo afastado judicialmente da família, fugia das instituições para procurar a mãe que, adoecida, era incapaz de cuidar dele.>
O diagnóstico de sua condição só foi reconhecido oficialmente quando já estava no sistema socioeducativo. >
Ela resume a trajetória do jovem como a de alguém que sempre sonhou com algo maior, mas nunca recebeu o cuidado necessário para construir um futuro. “Ele dizia que queria ir para a África e domar leões. O sonho acabou virando tragédia. Ele não tinha maturidade para entender que a leoa não era uma gata”, diz.>
Com informações do Metrópoles>