'Ainda não há confirmação sobre causa da morte de menino encontrado dentro de mala', diz delegado do caso

Segundo ele, as diligências preliminares realizadas no local do crime não apontaram lesões externas que pudessem indicar o que levou à morte.

Publicado em 28 de outubro de 2025 às 14:02

Paulo Guilherme, de 6 anos// Delegado Egídio Queiroz da PCPA
Paulo Guilherme, de 6 anos// Delegado Egídio Queiroz da PCPA Crédito: Roma News

O delegado Egídio Queiroz, responsável pelo caso do menino Paulo Guilherme, de 6 anos, encontrado morto dentro de uma mala em frente a um cemitério, no bairro da Marambaia, em Belém, falou com a imprensa na tarde desta terça-feira (28) e informou que ainda não é possível determinar a causa da morte da criança. Segundo ele, as diligências preliminares realizadas no local do crime não apontaram lesões externas que pudessem indicar o que levou à morte.

“Com relação à causa da morte, somente o laudo do médico legista poderá confirmar”, afirmou o delegado.

O policial explicou que, por conta das diligências e coletas de vestígios, ainda não houve tempo para análises mais aprofundadas. O suspeito apontado pela população como autor do crime foi morto por populares, o que dificulta a confirmação sobre o envolvimento dele no caso.

De acordo com o delegado, o homem morto já tinha passagem pela polícia por estupro de vulnerável, crime cometido contra uma criança menor de 13 anos. No entanto, ele destacou que não há como afirmar se o suspeito realmente foi o responsável pela morte do menino.

“Foram coletados vestígios no local, e a Polícia Científica, por meio de exames de DNA e confronto genético, vai confirmar se ele foi ou não o autor da morte”, explicou.

O delegado informou ainda que a Delegacia de Homicídios também investiga as circunstâncias da morte do suspeito, já que não se sabe quem foram os responsáveis pelo linchamento. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que ele é agredido por populares.

Investigação complexa e sem prazo para conclusão

A Polícia Civil ressaltou que a investigação é complexa e deve levar tempo, pois envolve a oitiva de várias pessoas e a análise de diferentes tipos de provas.

“A Polícia Civil está empenhada na investigação, mas não há como estimar um prazo. Muita gente será ouvida, e há muitas provas a serem analisadas”, disse o delegado.

Segundo ele, a pessoa que encontrou a mala com o corpo da criança achou o objeto por acaso. Como os familiares já procuravam pelo menino desaparecido, eles ligaram o achado ao caso e foram ao local, onde confirmaram a suspeita.