Babá dopava bebê com medicamento controlado para não trabalhar, diz polícia

A Polícia Civil do Pará prendeu na quinta-feira (26), a babá Priscilla Kelly suspeita de dopar um bebê de 11 meses durante o trabalho em Belém. As investigações apontam que ela teria administrado medicamentos psiquiátricos na criança ao longo de vários dias para que de que o bebê permanecesse dormindo durante o plantão noturno, reduzindo assim suas responsabilidades.

De acordo com a polícia, a principal linha de investigação aponta que ela administrava quetiapina, um medicamento usado em tratamentos psiquiátricos. A suspeita estava sendo monitorada há cerca de uma semana, desde que a família do bebê percebeu mudanças no comportamento da criança, que passou a apresentar sono excessivo, chegando a dormir enquanto brincava ou se alimentava.

Diante das suspeitas, os pais instalaram câmeras no quarto e registraram o momento em que a babá, sentada, segura o bebê com um braço enquanto coloca algo em sua boca. O caso foi denunciado imediatamente à Polícia Civil, que deu início à investigação.

A defesa da babá afirma que ela não administrou qualquer substância com a intenção de dopar ou causar danos à saúde da criança. Os medicamentos encontrados em sua residência foram devolvidos à família.

Para a polícia, a mulher teria dopado o bebê em mais de uma ocasião, e as autoridades investigam se há outras possíveis vítimas atendidas pela mesma babá. A suspeita foi presa enquanto estava escondida na casa do namorado. Durante o cumprimento do mandado judicial, foram apreendidos medicamentos e seringas que foram encaminhados à perícia técnica. Ela deve responder por tentativa de homicídio qualificado.

Um laudo deve apontar qual substância foi dada à criança que vai ajudar na conclusão do inquérito que segue em andamento.